terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Uma Luz no Fim do Túnel

Meus amigos, o tumor do mediastino do meu esposo já não existe mais e também não há nenhum linfonodo na região do tórax, estaremos fazendo novos exames em janeiro para ver como estão as outras áreas (abdome e crânio), mas creio que estará tudo muito bem. Gostaria muito que chegasse ao conhecimento do Coronel Borges (diretor médico do HCPM) e do DGS o excelente trabalho que vem sendo realizado pelo setor de hematologia do HCPM e que, mesmo frente a tantas dificuldades, a equipe do setor faz das tripas coração para que nada falte aos pacientes. Como todos aqui já sabem nossa luta já dura cerca de um ano e meio e mesmo com o esquema ABVD (quimioterapia) que meu grandão estava fazendo os resultados vinham sendo muito lentos e pouco compensatórios, até que em outubro a Dra. Solange (hematologista da PMERJ) resolveu iniciar um novo medicamento, o Mabthera (Que apesar de caro é fornecido pela PMERJ) para o meu marido e, creiam-me, como num passe de mágica a evolução foi estupenda! O Sr. Grandão, já na segunda aplicação, não sentia mais nada, então a dra. pediu uma nova TC do tórax, antes de dar a continuidade ao tratamento e esse foi o nosso presente de Papai Noel, mas o meu real pedido para o bom Velhinho é que a PMERJ não deixe de fornecer o medicamento em tela aos seus pacientes, pois creio que, mesmo sendo caro, é um medicamento que compensa na relação custo x benefício. Esse pedido pode até parecer não ter fundamento, mas eu sempre procuro manter-me informada sobre tudo em relação a doença do meu marido e tenho acompanhado uma relutância imensa em outros órgãos para a aquisição e manutenção de tratamentos com o Mabthera. Hoje eu posso dizer que conheço um pouco da estrutura e das dificuldades do setor de saúde da PMERJ, mas sem dúvida, o tratamento de linfoma é de primeira linha, sem medo de errar ou de exagerar.

Desejo a todos um Ano Novo repleto de muita paz, saúde e prosperidade e saibam que todos estão sempre em minhas orações, pois foram, além de amigos os meus verdadeiros suportes e apoios nos piores momentos, especialmente naqueles em que muitos nos dão as costas.

Um beijo carinhoso e um abraço fraternal em cada um de vocês.
Silvia Alves
Esposa de Praça da PMERJ.

sábado, 27 de novembro de 2010

A PMERJ É FEITA DE HERÓIS!

Oi gente!!!!

Vocês não têm noção do dobrado que estou cortando com o meu grandão querendo, a todo custo, correr para o BPM para se apresentar como voluntário contra os marginais! Lembro a ele, a cada minuto, que se ele está de fora da guerra não é por que ele quer, mas porque Deus assim o quis, mas vai convencer um policial de que, com os colegas na rua batalhando, ele não pode ir!

Quando criei o meu blog, o fiz com a intenção de ter uma ferramenta que me permitisse expor os problemas da corporação e com o objetivo de tentar mostrar a esses bravos o quanto eles são importantes, mesmo que a sociedade, o governo, as ONGs e outros mais não tivessem essa opinião. Nós que somos esposas, mães, filhas, filhos, maridos, pais e tantos que os amam e que compreendem o ardor com a missão e o amor pela farda, estamos aqui orando e aguardando o momento em que, finalmente, poderemos falar com orgulho que eles são policiais militares e o momento em que suas fardas poderão ser estendidas na corda do quintal e não mais atrás dos armários ou no cabideiro do banheiro.

Nesse momento a única coisa que quero é concentrar minhas orações e direcioná-las para cada um que está empenhado nessa luta, seja ele civil ou militar, em especial quero dedicar a cada PRAÇA DA PMERJ meu carinho e minha certeza de que todos sairemos vitoriosos, no mais estou por aqui, segurando o enforcador do meu pitbull dodói e orando com todas as minhas forças. Um beijo no coração de cada um e o meu apoio e carinho especial as esposas que têm seus maridos na linha de frente.

ORAÇÃO DO POLICIAL MILITAR

Saio de casa para o serviço; fazei que com que volte são e salvo.
Enquanto protejo outras famílias, por favor, proteja a minha.
Não deixe que uma bala traiçoeira me atinja, nem que eu seja um instrumento para as injustiças.
Nos momentos difíceis, e diante da morte, não deixe que eu caia em desespero.
Sou humano, mortal, às vezes fraco, mas me faça parecer sobre-humano, imortal, forte, a fim de inspirar confiança, esperança e força aos desamparados.
Nos momentos dos meus erros, fique do meu lado, pois todos os demais, por mais pecadores que sejam, estarão contra.
Dai-me força e sabedoria para auxiliar os desesperados, e fé para não desistir diante de uma vida que se acaba.
Auxiliai-me a ser criança para as crianças, pai para os desprotegidos e adulto para os necessitados.
Que o vigor de minhas ações seja sempre em proteção à paz, à vida, aos mais fracos, aos oprimidos e aos humilhados.
Que eu saiba ver a beleza do coração, não da face, da cor, da raça, da religião ou da condição social.
Que os menos esclarecidos compreendam minhas limitações e a complexidade do meu serviço.
Senhor – abençoai e protegei os policiais militares.
Amém.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mudanças, às vezes, trazem paz!

Oi meu povo! Sei que ando cada vez mais ausente e espero que me compreendam, se os meus dias tivessem 36 horas acho que ainda seria pouco tempo para fazer tudo o que preciso e tenho vontade.
Primeiro vamos às notícias do meu grandão: Ele esteve internado mais uma vez, algumas complicações inerentes ao tratamento o levaram a uma hospedagem de dez dias no HCPM, nada que meu guerreiro não tire de letra, afinal ele é Policial Militar e, para quem já enfrentou bandidos com fuzis e foi duas vezes alvejado, algumas injeções são molezinha. Cada dia que passa amo mais esse homem, ele vem enfrentando essa batalha contra a doença com muita garra, determinação e conformidade, é claro que de vez em quando bate aquela vontadezinha de perguntar a Deus o porquê, mas logo ele se conforma e vê que todos os motivos estão dentro dele mesmo e nos seus atos passados e, essa atitude, vem contribuindo muito com o seu crescimento espiritual e com sua proximidade com o Pai.

Bem, trocando alhos por bugalhos, gostaria de ter tempo para postar todos os dias, pois tem acontecido coisas que merecem minha atenção e nossa reflexão. Há tempos atrás, quando o coronel Mário Sérgio assumiu o Comando da nossa família eu orei para que ele fosse iluminado e começasse a realizar as mudanças necessárias para que nossos bravos tivessem, acima de tudo, dignidade. Sei que é uma tarefa árdua, sei também que com tantos remos impulsionando o barco para o norte é difícil tomar outro rumo, principalmente quando estes remos têm o peso de muitas estrelas, mas com tudo isto, ainda consigo ver sutis mudanças na corporação (mesmo que eu as esteja vendo de longe e mais ouvindo do que assistindo). Uma das mudanças de que tomei conhecimento veio acompanhada da triste notícia do nascimento de mais um sol no céu do Brasil, a morte do policial Bruno Castro Ferreira que foi assassinado em plena av. Rio Branco por um “pobre excluído social que recebeu o benefício de regime aberto” e retornou ao seu antigo emprego, o de roubar os trabalhadores ameaçando-os com uma arma. A mudança a qual me refiro é o encaminhamento a tratamento psicológico e o afastamento temporário do serviço de rua do policial que, acompanhando a ocorrência, foi filmado chutando a cara (cara mesmo, quem tem rosto é ser humano) do bandido que pouco antes havia atirado com uma arma de grosso calibre (cal. 45) contra o rosto do policial. Gente, há tempos eu venho chamando a atenção para os sérios problemas psicológicos que a PMERJ enfrenta, o policial, por mais treinado que seja, ainda é humano e o ser humano sofre de estresse, se revolta, ama, odeia e carrega todos os sentimentos de outros seres humanos, portanto é plenamente compreensível que, em algum momento na sua carreira, possa ocorrer uma ação movida por forte emoção, como aconteceu com outro Bruno, aquele que foi achincalhado publicamente pelo hoje cel. da reserva Lopes. Essas atitudes são erradas? Claro que sim! Mas o que entra em questão não é errado x certo, mas até que ponto essas ações podem ser atribuídas a um desequilíbrio momentâneo motivado por sentimentos naturais do ser humano ou a pura maldade e certeza de impunidade, para isso serve a avaliação psicológica e o tratamento, para que após a certeza de que o policial pode retornar ao seu trabalho, ele o faça equilibrado e sabendo como agir em uma próxima ocasião, pois manter nas ruas o policial sobrecarregado acarreta uma montanha de erros e expulsá-lo sem antes saber o que houve exatamente é, além de extremamente injusto, empurrá-lo para uma vida marginalizada, uma vez ex-PM, para sempre ex-PM. Espero que as mudanças não sejam só o glacê do bolo, mas que o bolo tenha uma massa ótima e um recheio melhor ainda, se é que me faço entender. Agora só falta o nosso nobre CG dar uma voltinha surpresa no HCPM (que também está sofrendo muitas mudanças) para testemunhar como alguns “Doutores” agem, ainda temos muitos médicos que tratam o policial com descaso e desconfiança o que acaba fazendo com que doenças graves passem despercebidas. A próxima mudança que espero, de todo o coração, é que alguns médicos, ao entrarem em seus consultórios, esqueçam suas patentes e lembrem do juramento de Hipócrates, mas isso depende mais da consciência de cada um, se bem que um belo puxão de orelhas do Comandante deve dar um empurrãozinho.

Ah... Não posso deixar de agradecer as pessoas que estão ao nosso lado nessa guerra:
- Equipe de enfermagem do 5º andar (Uro), valeu e um beijão no coração de todos!
-Mais uma vez Dra Maura, mesmo sem estar acompanhando o grandão, foi lá dar uma força!
- Dra Marcela, anjo de sorriso iluminado!
- Paulo e Eduardo (hemato) valeu a força!
- Reinaldo e Gil (quimio) vocês são dez!
- Carinho especial para a Dra. Solange (a única hematologista de lá), mesmo com tanto trabalho consegue conhecer cada um dos seus pacientes pelo nome e consegue aturar a todos nós (acompanhantes malas estressadas) sem se perder. Um beijo!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

NINGUÉM MERECE!!!

Oi pessoal! Sei que prometi voltar logo com notícias a respeito das mudanças no setor de perícias do HCPM e sei também o quanto demorei, mas vocês entendem que ando com a vida muito corrida e o tempo é curtíssimo. As novidades custaram, mas chegaram. Ao que tudo indica a mudança foi para melhor, pois agora os policiais que estão com doenças graves e já há algum tempo licenciados, ou aqueles aos quais os médicos deram uma previsão de melhora superior a 15 dias, são logo encaminhados para a junta e aqueles cujas licenças vão até 15 dias levam o a dispensa direto ao batalhão, vamos ver se assim os casos de reforma andam mais rapidamente e beneficiam aqueles que realmente necessitam.

Bem, gostaria de só ter coisas boas para contar, mas não é bem assim que o barco navega, na maioria das vezes ele vai ao sabor do vento e, por mais que eu reme, não consigo me afastar das tempestades. O Sr. Grandão já vem há mais de um mês arrastando uma infecção pulmonar, o que vem lhe causando fortes dores nas costas do lado esquerdo que só tem sido amenizadas com o uso do Tylex (remédio controlado), até aí vamos levando enquanto aguardamos os resultados das culturas que foram enviadas para o laboratório Noel Nuttels. Dia 15/09, como as dores só pioravam, fomos ao HCPM para que um médico, na emergência, fizesse uma nova avaliação, para verificar se estava ocorrendo alguma outra reação fora a infecção, tipo um derrame pleural ou coisa que o valha, qual não foi nossa surpresa quando o médico plantonista nos informou que não poderia nos ajudar, pois não sabia que tipo de avaliação a hematologista poderia querer, então peguei o meu celular para ligar para a Dra. Solange e ele nos mandou aguardar do lado de fora enquanto tentávamos contato e que “se conseguíssemos falar com ela, ele perguntaria o que ela queria que fizesse”. Ficaram surpresos? Pois então surpreendam-se um pouco mais, já que esse médico, pelo menos, se interessou em falar com a médica do meu marido para saber o que deveria fazer, mas como o meu grandão estava sentindo-se mal, voltamos para casa para que ele pudesse se deitar e, já que dia 16/09 seria dia de quimioterapia, decidimos retornar na emergência pela manhã para tentar a dita avaliação. O médico que nos atendeu sequer levantou os olhos do jornal enquanto falávamos, então meu marido resolveu simplificar e disse: “Doutor, para resumir e não atrapalhá-lo, eu quero um pedido de raios X “de frente e de lado””, aí então ele parou de ler, pegou o receituário e perguntou: “Do tórax?”, após a confirmação ele fez o pedido e nos perguntou quem iria “ver” o RX e meu marido falou que achava que seria ele, mas se ele não pudesse que nós iríamos procurar um médico na radiologia para fazê-lo e a coisa ficou por aí mesmo. O raio X foi visto pela pneumologista que estava no ambulatório, Dra Fátima, por sinal extremamente atenciosa, que nos disse que não havia nenhuma evolução, negativa ou positiva, do quadro pulmonar. As dores continuam, cada vez mais fortes, e elas incomodam tanto que mesmo ele estando sedado pelo “Rivotril” que toma toda noite o meu grandão geme durante toda a noite.
É deprimente o policial trabalhar, se expor e numa hora como essa, ser tratado como um pedaço de carne podre no hospital que deveria recebê-lo e cuidá-lo como um combatente, como alguém que derramou o próprio sangue pela corporação. Tenho lido nos jornais que o Comandante Geral está investindo na valorização do policial, inclusive existe um projeto de parceria com a UERJ que visa formar policiais cidadãos, mas o que eles não conseguem ver é a dignidade escorrendo pelo ralo quando o policial necessita de atendimento médico e dá de cara com esse tipo de “profissional”, o homem policial militar para ser cidadão tem que, e, primeiro lugar, ser tratado com cidadania. Eu, como parte integrante do corpo de saúde do Rio de Janeiro, me senti envergonhada, triste e revoltada com o atendimento prestado. Poxa vida, se o paciente está doente, se está em tratamento e precisa de uma reavaliação quem tem que fazê-la? Quem deveria ter a obrigação de descobrir o que o paciente tem? Não seria o “senhor doutor” que está ali sentando? Eu acho que ninguém ali é pago para ler jornal, ainda esqueci de comentar que o “doutor” estava no consultório desde antes de chegarmos na emergência, mas só começou a atender quase uma hora depois disso, quando um outro médico chegou ao setor e foi ao balcão buscar as fichas, nesse meio tempo um hipertenso grave poderia ter tido um AVC bem ali e aposto que a culpa cairia nas costas do cabo que estava no balcão fazendo as fichas. A triagem de doentes está cada vez pior. Como alguém sem nenhuma formação na área de saúde pode identificar o que é urgência ou não? O que tenho visto amiúde são pessoas com crises hipertensivas graves aguardando atendimento e esperando horrores enquanto outras, em situação bem menos séria, entram logo. Um total respeito à ordem de chegada e desrespeito as condições de saúde.
Caro senhor Diretor Médico do HCPM, nós pedimos socorro desesperadamente, pedimos atenção e respeito a gravidade das nossas enfermidades e, acima de tudo, pedimos que alguém olhe pela dignidade do policial que, após servir ao estado com seu sangue e suor, necessita do respeito e dos cuidados atenciosos e diligentes dos membros desse corpo de saúde.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Papeleta médica... Argh!!!!!!!!!! 2

Não sei se vocês lembram, mas há algum tempo atrás fiz uma postagem falando (mal) sobre a papeleta médica, aquele papelzinho famigerado que é exigido que o policial apresente no hospital para que seja atendido, pois bem, a “bendita” papeleta volta a ser a protagonista do meu blog e, mais uma vez, no papel de vilã perversa (pior que a Odette Roitman, com a diferença que não aparece ninguém para assassiná-la, rsrsrs). Como vocês todos já sabem o meu grandão virou sócio proprietário do HCPM, nós vivemos lá, por conta da doença dele. É o maior vai-e-vem, são consultas, exames, quimioterapia, renovação de LTS, etc, etc, etc. É nesse último quesito que aparece a nossa “querida, amada e idolatrada PAPELETA MÉDICA”. Os procedimentos para concessão de licença para tratamento de saúde mudaram, mas se engana quem pensou que mudaram para facilitar a vida do doente, até o momento não entendi o porquê da mudança, mas, à primeira vista, só piorou, isso porque antes as licenças eram concedidas pelo médico assistente e homologadas pela junta de saúde, mas agora quem concede, ou não, a dita licença é a junta. De que forma? O PM vai ao BPM e pega a famigerada, argh, papeleta, daí vai para o hospital e recebe seu atendimento, caso o médico que o atendeu lhe dê uma dispensa de até quinze dias, ótimo! Ele pega a papelada, leva tudo ao batalhão e entrega ao P/1, até aí beleza! Depois dos quinze dias é que começa o enredo que eu ainda não sei como acaba: O PM pega os papéis que o médico lhe dá com 15 dias e leva para o P/1, mas aí ele fica com outro papel preenchido pelo médico que descreve sua doença, o tratamento que está sendo realizado e o tempo que é previsto para duração desse tratamento, então no fim desses primeiros quinze dias o policial (doente, com câncer, esclerose múltipla, linfoma, leucemia e outras mais) retorna ao batalhão e pega outra papeleta para se apresentar à junta (com cuidado para não pegar um engarrafamento no caminho, pois das onze horas à uma hora da tarde é hora de almoço e se você que não está fazendo bico por estar doente, não tiver um caraminguá pra comer um bate entope no bar da China, periga cair de fraqueza lá na junta mesmo, talvez seja até bom, pois aí te internam e você almoça aquele franguinho atropelado do rancho!), é a partir desse ponto que eu ainda não sei como ficou, pois se em um espaço de quinze dias o cara tiver que ir ao batalhão para pegar duas papeleta e depois voltar para entregar duas homologações de licença para conseguir exatamente os trinta dias iniciais, como era antigamente (o médico não podia pedir mais de trinta dias), isso significa que andamos para trás e que o cara vai passar a ter dois trabalhos para nada, ou seja, troca-se seis por méia dúzia, mas se a junta passar a homologar licenças de três, seis e até dez meses depois da segunda papeleta, aí sim, valerá a pena.
Por enquanto vou esperar, assim que meu grandão passar pela junta e eu souber como a coisa está funcionando de fato, eu volto aqui para dar o bizú.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

TÔ AÍ!!!

Oi galera! Desculpem as ausências prolongadas, mas com o Sr. Grandão dodói minha vida tem sido um pouco mais corrida que o normal e esse corre corre acontece, quase sempre, no HCPM e por isso ando por dentro de algumas coisinhas que, ao que me parece, deveriam ser revistas, como por exemplo, a questão burocrática na aquisição de suprimentos e medicamentos. Vocês sabiam que o nosso hospital ficou três meses (isso mesmo, três meses) sem filme para tomografia? Em consequência, muitas pessoas que precisavam fazer o exame, só agora estão começando a realizá-los, é claro que várias pessoas fizeram por convênio, mas outras ficaram esperando. Outra questão extremamente importante foi a falta de medicamentos de quimioterapia o que acabou causando transtorno para alguns pacientes que fazem o tratamento. A falta de reagentes para determinados exames no laboratório já está tornando-se tão recorrente que eu já chego lá me perguntando qual será o exame que não estará sendo realizado naquele dia, semana ou mês. Hoje, por exemplo, li um aviso informando que o exame PSA (um dos que é realizado para constatação de câncer de próstata) está suspenso por tempo indeterminado. Não sei se a mamografia já começou a funcionar, mas da última vez que me informei, apesar da sala estar pronta e o mamógrafo já estar pronto para ser usado, não havia pessoal capacitado para alocar no setor. É isso aí meu povo, e por aí vai. Essas coisas me deixam muito triste, principalmente porque conheci o Cel. James Strougo (DGS) e o Cel. Borges (Diretor Médico do HCPM) e sei que ambos tentam fazer o melhor pelos pacientes, mas com tanta burocracia fica difícil. Não posso afirmar que a falta desses suprimentos médicos é um problema gerencial, mas me parece que sim, afinal essa parte de estoque, compra e distribuição não é um problema médico, mas como na PMERJ as coisas andam de forma diferente dos outros lugares, espero que alguém possa vir até aqui para nos esclarecer. Fora esses problemas pontuais e um ou outro "profissional" que esquece o seu juramento e age como um superior mandão e não como um membro do corpo de saúde daquela unidade, tenho estado bastante satisfeita com o tratamento dispensado ao meu Grandão e, mais uma vez, gostaria de agradecer a atenção e dedicação de profissionais que sabem honrar cada letra que foi pronunciada durante seu juramento profissional, entre eles posso citar os meninos da enfermagem da hemato, Paulo e Eduardo; a hematologista Major méd. Solange; a pneumologista Cap. Méd. Adriana; O Cirurgião torácico Cap. méd. Ricardo, a cap. méd. Regina da emergência, Os meninos da enfermagem da quimiterapia, Sgt. Reginaldo e o outro (que ele me perdoe, mas não consegui decorar o nome dele) vocês valem ouro, infelizmente não posso dizer o mesmo de uma loura de meia idade e de cabelo curto que imprime os exames e que encontrei ontem no laboratório, uma criatura antipática e grossa que desperta os desejos assassinos de qualquer ser humano, é que eu ando de boa maré, senão acho que teria pulado no pescoço dela (pelo menos nas três vezes em que precisei de seu serviços), eu e todos que tem o desprazer de necessitar dela para o que quer que seja. Como em todo lugar existem os bons e os maus profissionais. O que faz valer sempre é que o bom trabalho consegue apagar ou, pelo menos, minimizar os erros dos que só trabalham em troca de grana e não põem um mínimo de amor no que fazem. Obrigada a todos que, mesmo com tantas dificuldades, fazem o nosso hospital continuar em frente, mesmo que capengando, e àqueles que pouco se importam com o bem estar de quem está sob seus cuidados só gostaria de lembrar-lhes que a vida é uma via de mão dupla e se hoje você está na estrada que vai, amanhã pode estar na que volta.
*
Aos que cuuidam da administração dessa polícia, o que inclui o nosso hospital, olhem por ele e olhem por nós, precisamos do mínimo de humanidade para que a saúde de cada homem dessa polícia seja restabelecida e esse mínimo inclui o tratamento prévio, a atenção à família e a preocupação com os problemas de cada um dos policiais, pois, segundo a OMS, "saúde é o completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades" e seguindo esse parâmetro, a nossa polícia está muito, muito doente e uma polícia doente contamina toda uma sociedade.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Golaço na Providência!

Excelente a idéia do Capitão Glauco Schorcht de levar a Terapia Assistida por Cães (TAC) para a UPP da Providência, comandada por ele. Aproveitando a copa do mundo vou dizer que é um tremendo gol de placa. A pacificação é isso, ou teria que ser. É preciso levar ao povo uma nova imagem da polícia, uma imagem que mostre a polícia como homens e mulheres que estão ali para ajudar e orientar a população e não apenas para reprimir. O que vem acontecendo é que as ocupações vêm sendo feitas apenas com a polícia, mas o que aquele povo, acostumado com a ditadura do tráfico, mais precisa é da presença do poder público em forma de saúde e educação, já que a segurança já se faz presente. A terapia com cães, assim como a equoterapia, é uma excelente forma de trazer o deficiente para o convívio com os seus, as zooterapias têm surtido efeitos maravilhosos, principalmente no que diz respeito à interação do deficiente com o meio e à sua coordenação motora, essenciais a um bom desenvolvimento para que no futuro aquele deficiente possa vir a ser um membro produtivo da nossa sociedade e não mais um peso “morto e inútil” como tantos os tratam. O que tenho mais uma vez que ressaltar é que para que tanto empenho dê realmente certo é preciso humanizar o tratamento para com a ferramenta principal desse contato animal/deficiente que é, nada mais nada menos, o homem de farda, porque não vai adiantar nada levar cachorrinho, cavalinho e outros inhos para as comunidades e continuar tratando o policial (que está no dia a dia em contato direto com a população) como o verdadeiro cachorro vira-lata sarnento da questão. O tratamento humanizado deve existir nas unidades policiais para que se reflita no tratamento à população e de nada adianta um capitão fazer um golaço desses enquanto uns e outros continuam tratando seus comandados como bichos, ou pior, como coisas (falo coisa porque o meu cachorro é muito mais bem tratado do que muito PM).
Bem, vamos esperar que essa iniciativa se espalhe e que o governo amplie atuações desse tipo, mas vamos esperar também que iniciativas como essa cheguem até os filhos “especiais” dos policiais e que terapias alternativas e exames mais do que necessários estejam ao alcance da família policial militar, para que o policial possa sair de casa mais tranquilo, sabendo que sua família está bem assistida e vamos esperar também que o tratamento dentro dos quartéis se modifique, um bom exemplo a ser seguido é o da Coronel Kátia Boaventura, do 10º BPM, sobre quem tenho lido maravilhas. É uma comandante descrita como humana, leal, dedicada, respeitosa e respeitada, alguém que, segundo li por aí, mesmo mantendo um laço bem próximo com seus comandados não perdeu a rédea da tropa nem o respeito dos seus. Vamos esperar e ver os frutos que serão colhidos, por enquanto, só posso dizer que a idéia do capitão da UPP da Providência é realmente um verdadeiro gol de craque.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Feirão para o policial militar

Oi meu povo! Vim aqui para divulgar uma notícia muito boa para todos que fazem parte da grande família PMERJ. Foi firmada uma parceria entre a PM e a Ricardo Eletro que vai facilitar, e muito, as nossas vidas. Do dia 18/06 ao dia 20/06 será realizado um mega feirão das 9h às 19h no Ginásio de Esportes da Academia D. João VI em Sulacap. O melhor da história é que teremos condições exclusivas de compra, como: Débito no contracheque do servidor, juros menores, descontos e tudo sem consulta ao SPC/SERASA. No Feirão estarão sendo comercializados todos os produtos que são vendidos pela rede de lojas. É uma ótima oportunidade para quem está precisando trocar alguma coisa em casa e não está conseguindo crédito ou que não encontra prestações que caibam no bolso. Eu, com certeza, estarei lá para verificar essas facilidades e, quem sabe, trocar a minha máquina de lavar (ta tão velhinha que até já anda pela área rsrsrsrs).
Eu colei essa informação do blog “Praças da PMERJ” (qualquer dia eles me processam por plágio, afinal eu vivo lá catando coisas, rsrsrsrs), foi comentário de um anônimo e a comunicação foi publicada no Bol. PM nº 099/09 de junho de 2010. Ah... Já ia me esquecendo, também vai ter sorteio de eletrodomésticos, atividades de lazer e uma praça de alimentação com telão onde será exibido o jogo Brasil x Costa do Marfim, a gente vai lá faz uma comprinha, ganha um brinde e ainda faz um lanche e assiste o jogo do Brasil com os amigos. Eu gostei!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Achei a Mônica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Praças da PMERJ

Oi gente! Essa garota é highlander, só morre se cortar a cabeça rsrsrsrsrsrsrsrs.
Para quem quiser acessar o novo "Praças da PMERJ" é só clicar aí em cima.
Beijinhos a todos!

Mônica cadê você?

Estou recebendo comentários e mensagens diversas querendo saber o que aconteceu com o blog Praças da PMERJ. Gente, eu não sei, tentei acessar hoje de manhã e o blog havia sido retirado de novo, fiquei possessa, pois tinha feito o meu cadastro para o novo site reservado. O que podemos fazer é esperar. Eu por minha parte me comprometo a informar caso saiba de algo.

Realmente o blog devia estar incomodando muita gente.

PEC 300 ou 446, COMO QUEIRAM!


A negociação em busca de um acordo para votar as propostas de emenda à constituição (PEC) 300/2008 e 446/2009, que criam o piso salarial de policiais e bombeiros, está virando uma novela. Uma nova reunião de líderes na Câmara dos Deputados, ontem, terminou sem acordo. A base governista insiste em não incluir valores nos textos, como querem algumas associações que defendem as categorias. Um novo encontro deverá acontecer na semana que vem. O governo só quer fixar os valores do piso, por meio de um projeto de lei, após a aprovação das PECs. (Fonte: Coluna do Servidor - Jornal Extra)
*
É galera, o que dá pra perceber é que o governo pretende arrastar essa história das PECs até depois das eleições, ou seja, vão nos cozinhar em banho-maria até que tenham o resultado das urnas, depois disso: Bye bye PEC. Ou vocês estão achando que alguém vai arriscar seu pescocinho eleitoral para dar alguma coisa para os responsáveis pela segurança do país? Eles não precisam da polícia, eles têm seus seguranças treinados em Krav Magá e outros "dispositivos" de segurança privada e, enquanto isso, o povão fica por aí, rezando para sair vivo de um tiroteio, de uma bala perdida e de outros probleminhas do dia a dia de quem anda nas ruas. O governo dá mil desculpas do tipo que os estados pobres não podem arcar com certas despesas, mas Alagoas tem arrecadação menor que o Rio e paga mais, assim como outros (todos os outros) estados da federação, então porque não criar um piso mínimo baseado em percentual de arrecadação ou salário mínimo nacional? Claro que em relação ao salário mínimo não pode ter referência ao soldo, pois a constituição reza que o soldo do militar não pode ser inferior ao mínimo e, no entanto, o Rio de Janeiro paga soldos que são a metade desse mínimo.
Acho que a nossa resposta deve ser dada nas urnas, sei que está difícil escolher um candidato, mas é preciso que tenhamos um pouco de paciência para assistir aos debates, ler os jornais e analisar com muita calma quem é contra e quem é a favor de uma segurança de qualidade em nosso país, o que não pode acontecer agora é nós nos calarmos e nem aceitarmos de cabeça baixa, como ovelhas, em um matadouro que nos façam de bobos mais uma vez. Conto com toda a família policial militar para conscientizarmos um por um da necessidade de salários melhores para uma polícia melhor. Tchau amigos, volto em breve, as coisas estão ficando mais calmas e vou passar a escrever com mais frequência.

terça-feira, 1 de junho de 2010

PROCURADO


Caros amigos, a foto acima é de um pedófilo estuprador que está sendo procurado pela polícia pelo estupro e morte de uma criança de dez anos. A história segue abaixo para que vocês possam tomar conhecimento, estou realizando essa divulgação, pois a coisa toda me chocou muito e apesar do texto iniciar de uma forma que nos remete a conhecer a menina eu optei por não divulgar as fotos, que são extremamente chocantes. São fotos que só mesmo que trabalha, ou trabalhou, com corpos seviciados teria estomago para ver. Qualquer informação sobre a criatura, por favor, comuniquem ao disque denúncia: Tel.: 2253-1177.
Segue abaixo o texto que me foi enviado por e-mail relatando o crime:

“Essa Garotinha de 10 anos que se chamava Márcia Andréia do Prado Constantino foi pega dentro da Igreja Assembléia de Deus por um membro que já havia sido pastor, foi afastado por suspeita de abuso. Nada confirmado. O mesmo conhecia a família e até tinha um convívio com os pais. O acontecido não foi planejado. Deu vontade, ele falou com a garota que lhe daria um pedaço de bolo, ela entrou no seu carro e foi levada por ele até a sua casa onde lá ele abusou e a matou com uma sacola na cabeça asfixiada. Não satisfeito levou para um matagal com ela já morta, abusou mais um pouco sobre o capo do carro e depois jogou álcool sobre seu corpo e colocou fogo.
Esse animal foi no velório da menina para consolar os pais. Só foi identificado pelos exames colhidos nos órgãos da adolescente.
Estranhamente a "justiça" protege este monstro não divulgando seu nome completo, sabemos apenas as iniciais: NB
Este VERME tem três filhos sendo duas meninas e um menino abaixo de 12 anos.
Foi-lhe perguntado se alguém fizesse isso com uma de suas filhas, o que ele faria?
Resposta dele: Eu mataria!

Disque denúncia 2253-1177

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Diário de Bordo II com uma pitada de indignação!


Bom dia! Sei que tenho andado meio relapsa em relação a tantos acontecimentos na nossa família policial militar, mas é que a vida anda meio atribulada. Meu grandão vai fazer o último ciclo da quimio no dia 02/06 e nesse período temos feito vários exames, o que nos deixa pouco tempo para ficar na net. Bem que eu tento, mas ta complicado. Bom, vamos lá. Pra começar notícias do Senhor Grandão: Como já disse estamos chegando à reta final, ele parece bem melhor, está mais forte e bem mais disposto, apesar de ainda sentir algumas dores e desconfortos. A Tomo de crânio e cervical está normal assim como o Doppler de membros inferiores, dia 31 estaremos indo ao otorrino para avaliação de uma obstrução que apareceu, mas não deve ser nada de mais. Essa semana ele me arrumou um princípio de flebite no braço onde foram ministrados os quimioterápicos, mas a Dra. Solange (excelente médica, diga-se de passagem) já iniciou o antibiótico e fomos ao HCPM onde foi feita uma infiltração subcutânea de dexametasona, o que fez com que o processo regredisse bem rapidamente. Após a última quimio partiremos para os exames específicos, aqueles que nos mostrarão os efeitos reais do tratamento e o quanto o tumor regrediu. Vamos orar para que tenha sumido! No mais, é só ansiedade (to comendo feito uma loba, rsrsrsrsrsrs).

Agora vamos partir um pouquinho para os nossos problemas comuns. Tenho acompanhado as notícias e, sempre que posso, entro na net para dar uma olhadinha nos blogs e me chamou muito a atenção duas coisas que vi em um dos blogs que acompanho. Uma delas foi uma gravação feita pelo Coronel Paul mostrando o vestiário da UPP do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho. Fiquei completamente apavorada e enojada com o que vi. É claro que limpeza também depende de quem usa, mas usar uma lixeirinha de escritório em um ambiente de alta circulação de pessoas, não tem esforço que consiga manter o lixo lá dentro. E o vazamento? PODRE!!! APAVORANTE!!! O pior é que o policial não recebe insalubridade para freqüentar um lugar daqueles. Aquele lugar me lembrou uma fazenda de suinocultura que visitei uma vez, se transferissem os policiais para a fazenda eles estariam muito mais bem alojados, afinal os chiqueiros eram extremamente limpos, inclusive cada baia era de piso para manter uma melhor higienização. Já falei mais de uma vez e não me furto em repetir que um trabalhador que não é tratado com o mínimo de dignidade e que não tem seus direitos de ser humano respeitados, não saberá respeitar, nem honrará os direitos alheios. É hora de mudar esse pensamento de que o policial que trabalha na rua só precisa do alojamento para se trocar, então não precisa de nada. Precisa sim, precisa de um mínimo de limpeza e organização, ali não dá nem para trocar de roupa sem sujar a barra das calças.

Outra coisa que vi no blog foi o desconto para o fundo de saúde (1% por cada dependente). O que não consegui entender é: Se reza o Estatuto do Policial Militar no seu Título III dos direitos e prerrogativas dos policiais militares na Seção I Art. 48, parágrafo IV, no item 5 que:
- É direito do policial militar: a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o conjunto de atividades relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, a aplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e paramédicos necessários.
Então, fica subentendido que é direito do PM e, portanto, obrigação do estado e da corporação garantir tal direito sem que isso gere ônus para o policial, se eu estiver errada, por favor, me corrijam. Bem, mais uma vez, o que eu não entendo é que com o parco salário que o policial recebe lançam mão de mais um desconto, que já foi considerado inconstitucional, inclusive com vários PMs retirando-o do contra cheque, para cumprir com obrigações que deveriam ser arcadas pelo estado, afinal saúde é “um direito do policial militar e uma obrigação do estado”, daí que a construção das policlínicas e mini hospitais deveriam ser feitas com verbas do estado e nunca com o salário do policial. Caracas! Para o mundo que eu quero descer! Já não entendo mais nada! Será que só o que vale é o RDPM, em toda sua plenitude? O Estatuto, na parte dos direitos está esquecido? Onde estão as associações de praças para reivindicar os direitos dos mesmos? Gente, vamos lá! Eu entendo que o dinheiro da PM é pouco, mas onerar quem já ganha tão mal com a desculpa de dar um atendimento de saúde melhor não cola. O Rio de Janeiro é um estado rico, o segundo em arrecadação no país e está mantendo uma segurança de terceiro mundo usando a desculpa de falta de verba? Eu, realmente, não entendo. Precisamos de hospital, precisamos de atendimento, precisamos de profissionais que tratem os clientes como tal e não como inferiores hierárquicos, precisamos de mais gente na enfermagem, mas de gente que goste do que faz e não de 400 auxiliares de saúde que não sabem nem o que estão fazendo ali, precisamos de humanização no atendimento hospitalar, precisamos de material e, acima de tudo, os nossos policias precisam de respeito e direitos humanos, pois sem isso, jamais teremos uma polícia, realmente cidadã!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Direito a esclarecimento

Queixa de um leitor:

Covardia na Policlínica da Polícia Militar de São João de Meriti...
Silvia, Já não podemos mais reclamar nossos Direitos... Um Cabo foi preso na PPM/SJM, porque ao chegar à Policlínica foi informado no SAME que o médico não compareceu, e que a consulta iria ser remarcada, como necessitava de atendimento médico, pois não estava bem de saúde, se dirigiu a Major Gloria responsável pelo SAME da Policlínica, a fim de tentar que outro médico o atendesse. E em tom alto e agressivo foi destratado pela major, que ao invés de ajudá-lo lhe deu VOZ DE PRISÃO. E a ai vem a pergunta: será que se fosse um Oficial seria tratado de tal forma? Será que não o teriam avisado com antecedência do cancelamento da consulta, visto que as consultas agora são agendadas, pois durante o seu agendamento é anotado TEL, nome, RG e Unidade do militar?
O companheiro foi autuado na DPJM por DESACATO. Até que ponto podemos reclamar nossos Direitos, sem sofrermos tamanha represália? Haja vista, o Desacato alegado pelo Major Gloria é arbitrário e ilegal, pois pelo que consta no auge da inércia da administração da Policlínica, o Militar sendo tolido nos seus Direitos, e sendo destratado pelo Major Gloria, e vendo que não conseguiria o seu atendimento médico previsto em Lei, apenas se retirou da sua presença, o que não caracteriza Desacato. Todos que viram a cena ficaram comovidos, com tamanho absurdo, pois o Militar caiu desesperadamente em prantos


Direito de resposta

Cara Sra Silvia
Sou Diretor da PPM/SJM e gostaria de fazer alguns esclarecimentos acerca do comentário do Anônimo de 27 de abril.
Prezado Companheiro
Repudio a sua afirmação de que houve "covardia" em nossa Unidade, pois o seu relato está eivado de inverdades. Senão vejamos:
1 - O Cb estava agendado para atendimento, mas chegara atrasado e a sua vaga já havia sido considerada desistência, portanto fora destinada à outro paciente, que se não me engano era praça ou dependente de praça. Ou seja, O MÉDICO NÂO FALTARA, o cliente chegou atrasado.
2 - A Maj Gloria explicou que pelo adiantado da hora o atendimento naquele turno não seria possível, mas se ele aguardasse poderia ser atendido no turno da tarde.
3 - Na unidade em que dirijo, não existe discriminação entre praças e oficiais. Todos são tratados com carinho e a atenção que merecem.
4 - O Cb NÃO foi preso por DESACATO, nem autuado na DPJM por crime. O que ele fez segundo o seu relato: "retirar-se sem autorização da presença de superior hierárquico" caracteriza transgressão disciplinar e como tal foi tratada.
5 - A administração da PPM/SJM não é inerte como é afirmado. Estamos em constante mutação, buscando aperfeiçoar nossos serviços. Não sei quem lhe disse que "o Cb caiu em pranto desesperado", pois isso não aconteceu. Ele foi tratado o tempo todo com respeito e consideração. Coisa que ele não teve conosco, que estamos trabalhando para TODOS os nossos usuários.
EM RESUMO: NÃO EXISTE COVARDIA EM SJM, TRATAMOS BEM A TODOS QUE SOFREM E NOS PROCURAM. SEJAM ELES PRAÇAS, OFICIAIS OU DEPENDENTES. APENAS QUEREMOS SER TRATADOS DA MESMA MANEIRA.
Lamento profundamente o ocorrido, e convido a Sra. Silvia a nos visitar, e se o prezado anônimo for militar ou usuário do FUSPOM, também é bem-vindo. Quanto ao Cb em tela, ele pode e deve retornar à PPM para continuar o seu tratamento. Apesar do seu comportamento descortês nessa ocasião, ele também é dono da Policlínica. Tenho certeza que apesar desse rompante de indisciplina, ele é boa pessoa e como tal merece ser tratado.
A PPM/SJM É DE TODOS NÓS
Atenciosamente,
Ten Cel Med Rodnei - Diretor da PPM/SJM


Caro senhor diretor da PPM/SJM, agradeço seu interesse em vir expor a sua versão dos fatos e gostaria d deixar bem claro que o meu blog é um espaço democrático, inclusive não tendo moderação de comentários. Não tenho por hábito manifestar as minhas opiniões pessoais sem que tenha sido testemunha ocular ou sem antes verificar a veracidade dos fatos, o que vinha fazendo a esse respeito. A única conclusão que pude tirar de tudo isso é que se a major realmente desrespeitou o paciente ela deveria responder por isso, pois quando vamos a um hospital não esperamos encontrar superiores hierárquicos, mas médicos e enfermeiros, com os quais possamos contar. Entendo todas as dificuldades pelas quais vem passando as unidades de saúde da PMERJ, a começar pelo HCPM, e sei também os transtornos que um atraso pode causar, mas mesmos os atrasos, às vezes, têm justificativas. Quanto ao comportamento do praça em questão, vejo o problema pelo ângulo de profissional de saúde e não como militar e, por isso, considero em primeiro lugar o estresse e os transtornos psicológicos aos quais esses paciente está exposto só pelo simples fato de estar enfermo, imagine isso somado ao estresse profissional? Mais uma vez agradeço sua visita e o convite para conhecer a unidade de SJM, com certeza irei lá um dia e só darei a minha opinião a respeito do ocorrido quando tiver mais detalhes para poder avaliar a questão.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Robocop - Marcelo Nova



Para que meu amor nunca esqueça: "...Fiel, para o que der e vier...". Te Amo!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Inversão de valores

No último dia 15 o Rio de Janeiro amanheceu um tanto quanto mais sujo, a imundície quase alcançou o céu, afinal o monumento mor da beleza da nossa cidade acordou pichado. É gente, os vândalos de plantão picharam o Cristo Redentor! Nossa! Foi uma comoção nacional. O governador se manifestou, o prefeito chegou às lágrimas, muitas outras autoridades quase enfartaram tamanho o choque que tiveram ao receber a notícia de tamanha afronta. A mobilização à caça dos marginais perigosos que escalaram o monumento para manchar de tinta a moral e o orgulho carioca foi tão intensa que hoje, apenas seis dias depois, os perigosos meliantes já se encontram devidamente identificados e na iminência de serem presos a qualquer momento. Seus nomes? Pouco me importa! Não me interessa dar cartaz a dois titicas de pinto que vivem de espalhar nojeira pelos muros da nossa cidade e acho que foi notoriedade demais o que deram a esses dois merdinhas. A polícia mobilizada e a mídia divulgando o feito era tudo o que eles mais desejavam, mas fazer o que? Vivemos no estado da inversão de valores onde policiais são assassinados todos os dias e nem uma única vez vi o nosso governador manifestar-se frente às câmeras de TV demonstrando toda a sua indignação com o abuso dos marginais, esses sim extremamente perigosos e ousados. Não consigo aceitar que em um estado onde um policial ganha menos de R$1.000,00 para ser caçado por marginais e ao ser baleado seja jogado em um hospital onde, apesar da luta para ser mantido em funcionamento, morrem por falta de infra estrutura e de pessoal, o governador consiga se indignar publicamente com um mero dano ao patrimônio que com água e sabão some.
O meu nobre governador Sérgio Cabral, ontem, durante a formatura de mais 1.020 sofredores públicos estaduais militares afirmou ser favorável a um piso estadual para os PMs, mas ser favorável em ano eleitoral e no Maracanãzinho sendo assistido por mais de duas mil pessoas (estou contando com os formandos e seus familiares) é mole, se fosse mesmo a favor teria implementado esse bendito piso logo no início do governo mostrando aos policiais e seus familiares que era digno dos seus votos para a próxima eleição, mas agora? No limiar das mudanças o senhor me vem com esse papinho de cerca Lourenço? O que o senhor pensa que somos? Burros ou crédulos? Não me leve à mal senhor Sérgio Cabral, mas tenho gravados em minha memória seus compromissos de campanha, compromissos assumidos perante os policiais de que lhes daria dignidade e justiça social, no entanto não foi isso que vimos durante esses longos quatro anos do seu governo. O que vimos foram salários cada vez mais defasados e a mentira deslavada de que o estado não tinha verba para dar aumento, o que vimos foi um hospital cada vez mais sucateado e a verba do fundo de saúde continuando a ser desviada para outras coisas, o que vimos foi o senhor indo a público gritar a plenos pulmões que nossos policiais eram débeis mentais e nossos médicos vagabundos, o que vimos foi o senhor passeando em Paris sempre que possível e agora, mais recentemente, o que vimos foi o senhor completamente indignado com o dano ao patrimônio como jamais esteve em relação às mortes brutais de nossos policiais. Seria muito bom se de toda essa indignação e revolta apresentada pelo senhor em relação ao patrimônio do estado sobrasse, pelo menos, 1/3 para manifestações contra as barbáries cometidas contra nossos bravos. Se 1/3 dessa gana de caçar os marginais do Collor Jet se revertesse em vontade política de melhorar a vida da PMERJ, com certeza eu hoje não estaria aqui escrevendo essas linhas e, talvez, pensasse em votar no senhor em outubro. Mas nem 1/3 do seu empenho esteve voltado para a família policial militar nesses quatro anos e ainda por cima o senhor se apresenta como o líder universal da inversão de valores ao dar muito mais importância a um monumento (não que ele não seja importante) do que aos seres humanos que defendem sua vida e a vida dos cidadãos cariocas, muitas das vezes deixando suas esposas viúvas e seus filhos órfãos para que nós possamos dormir. Realmente dessa vez o senhor se superou. Vou sugerir aos policiais do Rio de Janeiro que deixem de ir aos batalhões e passem a se apresentar nas praças do estado como estátuas humanas, quem sabe assim o senhor os confunde com monumentos e eles são promovidos de débeis mentais a esculturas de pedra sabão e, assim, passam a ter alguma importância.

segunda-feira, 29 de março de 2010

PARA O MEU GRANDÃO


Tem dias que o meu coração parece que vai arrebentar, é um sentimento de impotência de perda e de solidão que tenho vontade de sair por aí sem rumo e sem destino e só parar de andar quando meu coração parar de bater, mas aí penso em você, lembro de quanto ainda tenho para viver com você e de quanto ainda temos que lutar afinal, somos sim almas gêmeas que se encontraram nessa vida, e, acredite, não foi por acaso! Aí quero me renovar, mas às vezes é um pouco difícil, meu coração quer, mas parece que algo mais forte, feio e negro, não quer me deixar estar com você, quer que eu me afaste e me entregue a esse sentimento tão ruim. Desculpe se às vezes sou tão fraca e tão deprimente, mas eu prometo que vou superar afinal, “Você sabe me fazer feliz” e eu te amo!

domingo, 28 de março de 2010

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ...




Menor queimado por soldados do Exército é preso
(Fonte: Extra on line – Por: Tulio Brandão)

Policiais do 14o. BPM (Bangu) prenderam na madrugada deste sábado o menor que, em novembro de 2008, teve 70% do corpo queimado por soldados do Exército ao ser flagrado fumando maconha dentro de uma área militar, em Realengo. Ele estava armado com um revólver calibre 32, acompanhado de Alexandro Gomes Fraga, de 18 anos. Segundo a polícia, praticava assaltos contra pedestres e passageiros de ônibus.
Dois sargentos do 14o BPM abordaram a dupla na esquina das ruas Piraquara e Aníbal Esteves, em Realengo. Com os dois, foram encontrados celulares e pertences de outras pessoas. Na 34ª DP, para onde os dois foram levados, a polícia informou que a dupla foi reconhecida por vítimas de um assalto a um ônibus da Linha 393, da Transporte Campo Grande. O motorista e o cobrador do ônibus já teriam identificado a dupla.
Segundo a polícia, o menor será encaminhado para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) e Alexandro, para a Polinter.
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Lembra da primera vez que esse menor foi pego? se não lembram clique a seguir:
Militares usam spray de pimenta em menor
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Pois é... O nosso mundo é redondo, mas sempre nos encontramos em algum canto! Lembro bem desse caso, na época comentei com o meu grandão que era um tremendo absurdo o fato de soldados do exército se arvorarem do direito sobre a vida e a morte e praticarem um ato de tamanha crueldade, lembro da mãe desse menor vociferando nos meios de comunicação clamando por justiça (no meu entender ela queria mesmo era vingança) e crendo que os militares deveriam sofrer um castigo igual ou pior que àquele infligido ao seu pobre rebento, lembro também da mídia que só faltou comprar cruzes de madeira para pregar os militares tal e qual era nos idos tempos de Jesus de Nazaré. Os militares, meninos recém caídos dos cueiros, simplesmente se acharam no direito de castigar com spray de pimenta os “maconheiros” que invadiram sua área de patrulhamento sem sequer respeitar a autoridade militar ali representada pelos meninos. Aqueles garotos que envergavam fardas verde oliva e empunhavam armamentos privativos das forças armadas, com certeza, foram punidos com todo o rigor que o exército usa com os seu, mas e a pobre vítima daqueles cruéis soldados? Ah... Esse aí, coitadinho, era só uma pobre vítima da sociedade, um pobre garotinho que, segundo palavras ditas por ele e por sua mãe na época, não era viciado, mas que influenciado por um colega que fugiu, resolveu experimentar maconha, coitadinho! Pobre vítima influenciada por terceiros, flagelada por “homens maus” foi cuidada, tratada e acompanhada por psicólogos para que não guardasse traumas da violência sofrida. Hoje, mais uma vez, o nosso menor é pego em flagrante cometendo outro ilícito, mas como é um pobre menino, menor de dezoito anos, vítima da sociedade, etc, etc, etc, vai continuar por aí fumando sua maconha, roubando esses membros da sociedade malvada que o excluí e mais tarde, quem sabe, assassinando um pai de família que não merece permanecer vivo já que é só mais um dentre tantos que tratou tão mal o pobre garotinho. Tenho nojo desse ECA! Essa porcaria de estatuto só presta para manter essas víboras protegidas e muito bem acolhidas no seio da nossa sociedade de onde em intervalos cada vez menores dão o bote e matam com seu veneno um daqueles que eles costumam culpar cada vez que são presos. Só espero que a progenitora dessa cobra peçonhenta peça justiça dessa vez com a mesma gana, fúria e voracidade com que pediu da outra, ou será que nós, membros da sociedade, não somos merecedores de justiça, mas sim de cada vez mais crueldade e violência do seu “bebê” muito amado e extremamente mal criado?!
O surpreendente é que dessa vez a mídia não deu o valor devido ao caso, talvez por não envolver nem a PM tampouco o exército. Muito provavelmente, diferente de quando o pegaram consumindo seu psicotrópico, essa será a última vez que lerão sobre isso, afinal menor ladrão é lugar comum e o que vende jornal é autoridade truculenta.
Às vezes esqueço que meu grandão está doente e dou graças à Deus por ele estar em casa e não na rua lidando com esses menores tão protegidos pelas nossas leis.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Esporte ou guerra?



Um ferido e oito detidos em briga de torcedores

Rio - Uma briga entre torcedores do Vasco e do Flamengo assustou motoristas que circulavam pela Avenida Brasil, algumas horas antes do clássico no Maracanã. De acordo com informações do 22º DP (Vila da Penha), houve tiros e pancadaria entre as facções rivais. Um torcedor ficou ferido e foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Oito pessoas foram detidas. (fonte: "O Dia" on line)

Ontem tive o desprazer de assistir cenas hediondas protagonizadas pelas “estrelas” da notícia acima, que a mídia deu a importância dessa pequena nota. Como comentei uma vez, o meu filho mais velho andava fascinado pelos loucos, bandidos e sádicos que fazem parte dessas turbas autodenominadas “torcidas organizadas”, pois bem, ontem, dia de clássico no Maraca, tinha tudo para ser maravilhoso aqui em casa, afinal meu Montanha (como o pai costuma chamá-lo) está há um ano fora da turba e indo ao estádio apenas com dois amigos de infância ou com os pais da namorada e nós iríamos assistir o jogo na casa do meu irmão flamenguista todos juntos, minha mãe vascaína, minha sobrinha flamenguista, eu e meu grandão vascaínos e meu caçulinha (que só prá contrariar todo mundo é botafoguense), tudo armado para ser um saudável divertimento em família, não importava o vencedor só quem seria encarnado depois da pelota rolar. Enquanto ainda estava em casa deitei no meu quarto para descansar um pouco e curtir o meu grandão que, graças a Deus, está reagindo muito bem à quimioterapia, quando começou a confusão. Foram tantos gritos, palavrões, um tal de pega o otário e mata ele, que eu levantei para ver o que acontecia; a ficha custou a cair, custei a acreditar que aquele bando eram jovens, mulheres e homens, que incitavam uns aos outros à guerra enquanto seus generais, de dentro de seus carros, gritavam palavras de (des)ordem. Entrei em pânico! Meu pavor era tal que nem conseguia lembrar que meu “Montanha” estava na casa da namorada e que já não fazia mais parte daquilo, só conseguia pensar que ele podia estar naquele meio. Dali a pouco começaram os tiros, e foram muitos. Minha afilhada chegou a minha casa apavorada depois de ter visto homens passarem correndo por ela armados e dizendo que iriam matar alguém, e lá se foi o bando em direção a Av. Brasil para cercar o ônibus do Vasco. No meio de todo o alvoroço meu filho chegou, totalmente desligado de tudo o que se passava, e disse que iria ao jogo, eu quase tive um piripaque e, claro, não deixei que ele fosse, afinal as notícias que chegavam eram de todos os tipos, entre elas as de que haviam vítimas fatais do malfadado encontro. Segurei meu filho em casa até que a turba foi embora nos ônibus fretados e só aí permiti que ele saísse. Bom, aí o meu domingão de clássico familiar já estava detonado pois, hipertensa que sou, passei mal e não tive a mínima vontade de assistir jogo nenhum.
Sinceramente não sei o que as grandes autoridades desse país ainda estão esperando para dar um basta nesses bandos. Na minha opinião, a palavra “organizada” não se encaixa de forma alguma com as atitudes dessas quadrilhas, quadrilhas sim, eu vi o que a lavagem cerebral deles pode fazer com um adolescente, e vi bem de perto, dentro da minha casa, ainda bem que conseguimos afastar meu filho disso, pois o ódio que eles disseminam é tão corrosivo que está conseguindo manter as famílias fora dos clássicos e até fazendo com que nós, simples mortais, deixemos de ter o prazer de torcer pelo nosso time de coração, gostaria que esses animais entendessem que rivalidade não é sinônimo de inimizade e que mesmo os inimigos devem ser perdoados, pois perdoar e amar um amigo é mole, mas fazer isso com um inimigo é que aproxima o homem de Deus!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Diário de bordo

Oi meus amigos! Sei que tenho sido um pouquinho egoísta e me preocupado só com os meus problemas, mas sei que vocês entendem que a tormenta pela qual estou passando não me deixa cabeça para pensar em outras coisas, mas também preciso deixar claro a todos que meus problemas não me mantém totalmente “fora” do que acontece na PMERJ. Assistimos o nascer de um novo ano e parece que na nossa casa tudo segue como antes: salários ínfimos, riscos exagerados e a cada dia, mais policiais morrendo. Embora um pouco atrasada vim falar da cena horrenda que assisti pela TV da execução sumária do Sargento do 1º BPM. A cena foi nauseante, revoltante e a minha vontade era de sair gritando para cada policial que visse pela minha frente para sair pelas ruas caçando esses trastes e executando cada um da mesmíssima forma, mas como boa cristã que sou, olhei para o alto e pedi a Deus que recebesse o sargento em seus braços e que desse alento e conforto aos corações daqueles que o amavam e que aqui ficaram (se bem que uma boa caçada talvez fizesse esses tralhas voltarem a respeitar nossos bravos. Que saudades dos anos oitenta). Nesse primeiro mês do ano o que vi foi muito cruel e dolorido, porém o meu pensamento egoísta e mesquinho foi ainda mais doído, preciso confessar a vocês que agradeci por meu marido não estar nas ruas e depois caí em prantos, pois fiquei sem saber se não seria melhor que ele estivesse nas ruas combatendo e jogando nessa loteria da vida, onde vida e morte valem 50% cada uma, do que nesse jogo de azar onde a vida nos enfiou e que o deixa com a desvantagem de ter menos de 50% de tirar a sorte grande. Chorei muito! Nossa! Como doeu ter um pensamento ridículo assim. É claro que a saúde dele é infinitamente melhor que qualquer outra coisa, mas no momento em que assisti aquela cena o pavor de ter que ver meu marido ser fuzilado em frente a uma câmera e ter que chorar sobre o seu corpo ensangüentado me fez até esquecer que ele está com câncer e que isso também pode matá-lo. Desculpem-me os pensamentos funestos e lúgubres, mas tenho andando muito depressiva e os pensamentos ruins tem me acompanhado por isso vim até aqui desabafar. Preciso voltar a ir a minha psicóloga, ela me ajuda bastante e me faz pensar de outra forma e ver o mundo com outras cores, bem diferentes desse negro que tenho enxergado. O mais engraçado é que as coisas estão realmente melhores, meu grandão está reagindo muito bem à quimioterapia, seus exames estão ótimos, o cabelo dele não está caindo (grande preocupação do meu grandão) e ele mantém um quadro estável, parece que essa calmaria está me fazendo relaxar e quase sucumbir, às vezes tenho vontade que o dia não amanheça para que eu continue na cama, pelo menos os sonhos são bem melhore que a vida real, mas ninguém pode dormir o tempo todo não é? Então vou seguindo com a maré e pedindo a cada um de vocês que, além de orarem pela melhora do meu grandão, orem por mim e peçam que Deus me dê muita força, pois às vezes acho que vou falhar e eu não posso falhar com os meus três homens, meus grandes amores e as razões da minha vida.
Obrigada por, mais uma vez, me aturarem!
Um beijinho em cada um que teve a paciência de chegar até aqui, mesmo com tanto pessimismo!