quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Cuidado ao clamar por justiça, Deus nos atende!

Nós temos que tomar muito cuidado com os pedidos dirigidos a Deus pois, com certeza, Ele nos ouve e nos atende sempre que pedimos com fé e com razão! Porque estou dizendo isso? Ora bolas, venho há quatro meses ouvindo a mãe do jovem Daniel Duque clamando a plenos pulmões por justiça, doa a quem doer. E a justiça está sendo feita. Não vou falar que está certo um jovem perder a vida estupidamente a troco de nada, deixar a existência terrena pura e simplesmente por ter tentado defender um amigo mas (vejam bem, é uma opinião minha e ninguém é obrigado a partilhá-la), também não posso considerar errado um policial cumprir seu dever legal, como também não acho que houve dolo na morte do rapaz. Eu tenho a mania de me colocar no lugar do outro e, nesse caso me coloquei dos dois lados. Fui uma adolescente, porque não dizer, atípica; morria de medo de velocidade, gostava de estudar e se via uma confusão (mesmo com conhecidos) corria na direção contrária, então acho que tudo poderia ter sido evitado se os amigos do Daniel Duque simplesmente tivessem deixado para lá. Os amigos do Pedro Velasco já estavam indo embora então, deixa ir, acaba com a bobeira e ponto. Eu sou assim! Me coloquei do lado do policial, trabalhando no final de semana, ficha limpa, excelentes serviços prestados à corporação (haja vista ter ganho no seu CD por 4 x 0), vendo um grupo de mais de dez jovens (bêbados ou não) investindo ferozmente contra o alvo de sua proteção. A sra. Daniela Duque que me perdoe, mas ela se colocou no lugar da mãe desse policial caso seu filho tivesse sido espancado até a morte pelos amigos do Daniel? Ou em algum momento ela se pôs no lugar do policial? Entendo o sentimento dela pois também sou mãe, mas como dizem por aí, conheço o meu gado. Falo todos os dias, converso, oriento, brigo, até tranco em casa se for preciso, mas sei que o adolescente tem rompantes e age com o emocional, são passionais ao extremo e, na hora em que um amigo está em apuros, deixam de pensar, esquecem dos riscos e partem para cima, só que numa hora dessas pode acontecer aquilo que todos nós achamos que estamos livres e que só vai acontecer na casa do vizinho, aí amiga, é só chorar! Independente do que tenha acontecido, ela pode achar que houve corporativismo no MP mas pode acreditar que na PMERJ isso não acontece, por muito menos que isso praças são excluídos todos os dias e se a corporação não o excluiu seria muito bom que ela procurasse descobrir o que realmente houve e o que o filho dela fez. Como já disse, tenho filho adolescente e conheço a minha figura muito bem. Ele é lindo, meigo, carinhoso, educado, feliz, cercado de amigos, tem namorada, dentro de casa é muito disciplinado mas também é cabeça quente e muito impulsivo e passional portanto, sei que, caso acontecesse com ele algo nos mesmos moldes do que aconteceu na Baronetti, não poderia afirmar que sua reação seria x, y ou z, não sei nem qual seria a minha reação perante determinadas situações de estresse, imagina a dos outros.
Penso que devemos lutar pelo que achamos certo e que devemos ter muito cuidado ao clamar por justiça, principalmente se não temos plena e absoluta certeza do que aconteceu e de quem está com a razão, pois como disse lá no início, Deus nos ouve e nos atende e, nem sempre, o nosso pedido, ao ser atendido, será satisfatório. Para a mãe do Daniel não está sendo feita justiça, mas aos olhos de muitas outras pessoa essa é a justiça.

Ao policial Parreira: Boa sorte, fé e força, a jornada ainda não acabou mas, se você é justo e honesto, pode acreditar que a mão de Deus irá protegê-lo e dará a você aquilo que for merecido.

Essa vitória é de toda a família policial militar, estávamos torcendo por justiça!