quarta-feira, 29 de abril de 2009

PAZ E AMOR, HOJE E SEMPRE!



Hoje estou afim de fazer um desabafo, mas acho que minha angústia é também a angústia de muitos pais de adolescentes amantes de futebol e tenho plena certeza que, apesar de ser um probleminha pessoal, em âmbito geral é um grande problema de segurança pública.
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Como já disse aqui diversas vezes, tenho um filho adolescente, na realidade quase um homem, que já vai completar dezessete anos. Meu “bebê” (que é como costumo chamar os meus filhos) é um torcedor fanático do flamengo e ama essas coisas de torcida organizada. Ele acha tudo de bom, enquanto eu e o pai dele achamos coisa de loucos degenerados que só querem saber de briga e confusão. Sei que é um tanto quanto exagerado eu generalizar, sei que dentro das torcidas existem pais de família, profissionais de diversas áreas e etc, mas o que vemos sempre na TV são grupos rivais se enfrentando nas ruas numa verdadeira batalha campal, regada a muitos paus, pedras, rojões e, diversas vezes, armas de fogo. Não é raro termos notícias de torcedores hospitalizados após sofrerem agressões da torcida rival, na grande maioria das vezes, agressões covardes praticadas por enormes grupos contra um ou dois indivíduos que se desgarraram de seu bando. Há bem pouco tempo um conhecido de meu filho passou um bom tempo internado em coma provocado por traumatismo craniano causado por mais uma dessas agressões covardes.
Quando venho até esse meu cantinho falar sobre esse assunto é porque é muito angustiante para uma mãe ver seu filho tomando como certa a atitude de alimentar esse tipo de “guerra”, isto não é rivalidade futebolística, não se trata de disputa saudável entre jovens que querem provar que seu time é melhor. Isso é uma bestialidade de meia dúzia de indivíduos inescrupulosos que aproveitam a cabeça oca dos adolescentes e a mente vazia dos fanáticos para alimentar seu sadismo e saciar seu prazer bestial assistindo seres humanos, pessoa iguais que poderiam ser amigos de rua, de escola ou de trabalho, matarem-se uns aos outros.
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Sou vascaína, filha de um flamenguista, casei-me com um vascaíno, tive dois filhos, um flamenguista e um botafoguense, e nos amamos incondicionalmente, independente das bandeiras de nossos clubes. Se um dia meu filho sair de casa com sua camisa do flamengo e for agredido por um vascaíno seria muito doloroso para mim e para meu marido, afinal seria sangue do nosso sangue sendo derramado “em nome da honra do nosso clube de coração”.
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Atitudes urgentes precisam ser tomadas em relação aos bandos e aos baderneiros, as medidas precisam ser rígidas, é preciso que as investigações sobre essas tentativas de assassinato perpetradas por membros de torcidas sejam rigidamente apuradas para que essas ervas daninhas sejam banidas da sociedade, só assim famílias como a minha, como uma diversidade tão maravilhosa de torcedores, possa estar junta, vestindo suas camisas sem riscos e para que mães, como eu, possam por a cabeça no travesseiro com a certeza que seu filho foi ao Maracanã e vai voltar para casa sem nenhum arranhão ou hematoma provocado pela torcida rival.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Até quando?

Mais dia, menos dia os acontecimentos nos remetem ao passado. Às vezes um passado longínquo, outras vezes um passado recente. Hoje ao abrir o jornal um fato me levou a um passado recente, um passado dolorido, revoltante e triste, muito triste. O assassinato da jovem Leslie, minha colega de profissão (apesar de não nos conhecermos pessoalmente), grávida de seis meses, levada da vida de seu esposo, de sua filhinha,e de seus familiares me fez lembrar do caso do menino João Hélio. Esses marginais não têm alma, não têm coração, não têm discernimento, não têm piedade, chego a achar que sequer tenham vida, mais me parecem zumbis saídos de um filme de terror, que só visam a maldade e a dor dos outros. Concordo que as leis têm de ser mudadas, mas não no tempo de cadeia, temos que entender que as penas são bastante altas e que em contrapartida os benefícios são amplos e muito fáceis de serem alcançados. Temos o regime semi-aberto, os indultos, as reduções de pena e outros benefícios (para nós, simples mortais, malefícios) que são concedidos aos presos e que às vezes me parecem não obedecer a critérios lógicos, já que vemos um indivíduo que foi preso por tráfico de drogas receber o benefício de passar a páscoa em casa quando todos sabem que ele era (ou é) o líder do tráfico em determinada região, e aí... PIMBA! Vai e não volta. O tragicômico dessa historinha é que eu e você sabemos que esses caras, que são condenados por esses tipos de crimes, não se recuperam, que não vão voltar, mas quem avalia a concessão ou não do benefício deve ser muito crédulo ou tem muita boa fé na palavra humana. As nossas leis deveriam ser mais duras, coisas como os monstros que arrastaram o João Hélio e que executaram a Leslie deveriam ser condenados a 30 anos, mas a 30 anos, sem sair de lá, tinha que acabar com essa balela de advogado ter reunião sigilosa com o marginal, as visitas deveriam ser vigiadas, e muito bem vigiada. Presídio bom é aquele lá em Catanduvas, melhor ainda no RDD, e pra quem conhece, por ter assistido a reportagem, os presídios da Tailândia e suas leis, onde um inglês ao ser pego com menos de um quilo de substância entorpecente foi condenado a passar 99 anos sem redução da pena e tendo que falar com seu advogado gritando, porque entre um e outro existe um corredor de 8 metros de largura, e podem acreditar esse teve sorte porque tráfico de drogas entre outros crimes considerados por nós como hediondos nesse pequeno país a pena é a morte. Só que nesse meu pensamento de leiga acho também que deveria se dar mais poder a polícia, esses caras não têm medo de ninguém, assim eles vão continuar fazendo. Temos uma polícia que é tratada à rédea curta, com os freios puxados ao máximo e que quando erra é apedrejada e escrachada, temos um bando de marginais que são ruins ao extremo e que não tem medo de nada, pois sabem que a única coisa que o policial poderá fazer será tentar prendê-los sem provocar nenhum dano físico, senão vai chover comissões de direitos humanos (continuo achando que direitos humanos deveriam ser para humanos direitos) protegendo seus direitos de cidadão (direitos que deveriam perder assim que presos já que não souberem ter cidadania) e fazendo todos os esforços possíveis para prender o policial e jogá-lo na rua, temos o ECA para defender e proteger os nossos “meninos” (que na maioria das vezes são muito maiores e mais fortes que um homem adulto, pobres crianças indefesas), temos as leis cheias de brechas que conseguem minimizar o feito dos “bichos” com a desculpa da falta de oportunidade, e por aí vai.

Quer saber?! Tô cansada! Tô cheia desse papo de cerca Lourenço de que as leis já são muito boas, que menor de 18 anos não pode ser preso porque não é responsável por seus atos, que preso tem que ter direitos! Caraça!!! Cadê os meus direitos?! Onde fica a minha liberdade enquanto essas feras estiverem soltas?! Eu acho que só vai começar a mudar quando essas fatalidades começaram a atingir nossos nobres membros do Congresso Nacional, do Senado e as mais altas esferas do judiciário, até lá caros amigos, só nos resta chorar a perda dos nossos amigos, sejam eles paisanos ou policiais!

Cara Leslie, vá com Deus e saiba que a pequena Juliana está sendo muito amada, acarinhada e cuidada pela equipe de enfermagem da Maternidade Carmela Dutra, onde tenho algumas colegas muito queridas!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Divulgação

ATENÇÂO ESPOSAS DE POLICIAIS MILITARES DO RIO



"As esposas dos policiais militares resolveram fazer uma manifestação!


Como atualmente qualquer crítica está sendo punida com prisão administrativa, as esposas dos PMs estão organizando um protesto, no dia 21 de Abril, dia de Tiradentes, patrono da corporação. Durante o tradicional desfile da Polícia Militar em frente à ALERJ, onde está a estátua do herói da Inconfidência, as mulheres vão usar narizes de palhaço e protestar contra a situação que seus maridos estão vivendo. Não se conformam com o aumento de apenas 8%, no ano passado e com as condições de trabalho."

Espero que o BPChoque entenda que o que vamos fazer é para todos os PMs, e não só para os nossos!

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

TODOS SÂO CULPADOS ATÉ QUE SE PROVE SUA INOCÊNCIA



Funcionários de um prédio são presos por suspeita de roubo:

O delegado responsável pela área prendeu seis funcionários de um prédio após denúncia de uma vizinha de que dois homens encapuzados e vestindo uniforme do prédio a roubaram na noite de ontem. O delegado resolveu deter todos os seis funcionários que trabalhavam na noite em questão, até que o caso esteja esclarecido.

Estranho não é? Seis pais de família são presos sem prova alguma (atente para o fato de que os ladrões eram dois), sem reconhecimento, apenas por serem funcionários e vestirem uniformes iguais aos que os ladrões usavam, como se uniformes não pudessem ser comprados ou feitos.
Achou estranha a notícia? Então agora leia a notícia verdadeira publicada no jornal Extra de hoje
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Seis PMs são presos suspeitos de roubo e ameaça em Macaé
Vítima foi ao batalhão denunciar policiais. Coronel mandou prender suspeitos
(Marcelo Gomes)
Seis policias do 32º BPM (Macaé) estão presos administrativamente no batalhão há dois dias por suspeitas de envolvimento num roubo em Macaé. Na quarta-feira, uma vítima esteve na 123ª DP e no 32º BPM, e disse que, naquela madrugada, fora rendida por dois homens vestindo farda da PM e com toucas-ninja. A vítima foi colocada num Fiat preto, e levada até sua casa, no bairro Novo Horizonte.
No local, os homens fardados roubaram dinheiro da vítima e teriam feito ameaças à ela, por conta de problemas envolvendo segurança privada de ruas da região. Informado do fato, o comandante do 32º BPM, tenente-coronel Alexandre Fontenelle, instaurou um inquérito policial-militar (IPM):
- Como a denúncia envolve homens fardados, decidi prender administrativamente todos os seis policiais que estavam de plantão naquela região, na madrugada de quarta-feira, até que o caso seja esclarecido.
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Bom, eu na minha santa ignorância de civil, estou ainda tentando entender o porquê de se prender seis homens se os reais culpados são apenas dois, que sequer foram reconhecidos pela vítima. Gostaria também que alguém, que tenha conhecimento jurídico militar, me explique como fica a situação dos quatro inocentes quando acharem os culpados. Fica por isso mesmo? É muito doloroso para um chefe de família, um pai explicar para seus filhos que ficou preso, mas não fez nada. Não vou ficar aqui escrevendo sobre o que não conheço, mas de uma coisa eu tenho certeza, a Constituição do nosso país foi aviltada, ou pior, parece que foi rasgada e jogada no fundo da lixeira. A máxima de que todos são inocentes até que se prove o contrário, nesse caso, funcionou ao contrário, ficou bem colocado para mim que, em Macaé, todos são culpados até que se prove sua inocência.