quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Papeleta médica... Argh!!!!!!!!!! 2

Não sei se vocês lembram, mas há algum tempo atrás fiz uma postagem falando (mal) sobre a papeleta médica, aquele papelzinho famigerado que é exigido que o policial apresente no hospital para que seja atendido, pois bem, a “bendita” papeleta volta a ser a protagonista do meu blog e, mais uma vez, no papel de vilã perversa (pior que a Odette Roitman, com a diferença que não aparece ninguém para assassiná-la, rsrsrs). Como vocês todos já sabem o meu grandão virou sócio proprietário do HCPM, nós vivemos lá, por conta da doença dele. É o maior vai-e-vem, são consultas, exames, quimioterapia, renovação de LTS, etc, etc, etc. É nesse último quesito que aparece a nossa “querida, amada e idolatrada PAPELETA MÉDICA”. Os procedimentos para concessão de licença para tratamento de saúde mudaram, mas se engana quem pensou que mudaram para facilitar a vida do doente, até o momento não entendi o porquê da mudança, mas, à primeira vista, só piorou, isso porque antes as licenças eram concedidas pelo médico assistente e homologadas pela junta de saúde, mas agora quem concede, ou não, a dita licença é a junta. De que forma? O PM vai ao BPM e pega a famigerada, argh, papeleta, daí vai para o hospital e recebe seu atendimento, caso o médico que o atendeu lhe dê uma dispensa de até quinze dias, ótimo! Ele pega a papelada, leva tudo ao batalhão e entrega ao P/1, até aí beleza! Depois dos quinze dias é que começa o enredo que eu ainda não sei como acaba: O PM pega os papéis que o médico lhe dá com 15 dias e leva para o P/1, mas aí ele fica com outro papel preenchido pelo médico que descreve sua doença, o tratamento que está sendo realizado e o tempo que é previsto para duração desse tratamento, então no fim desses primeiros quinze dias o policial (doente, com câncer, esclerose múltipla, linfoma, leucemia e outras mais) retorna ao batalhão e pega outra papeleta para se apresentar à junta (com cuidado para não pegar um engarrafamento no caminho, pois das onze horas à uma hora da tarde é hora de almoço e se você que não está fazendo bico por estar doente, não tiver um caraminguá pra comer um bate entope no bar da China, periga cair de fraqueza lá na junta mesmo, talvez seja até bom, pois aí te internam e você almoça aquele franguinho atropelado do rancho!), é a partir desse ponto que eu ainda não sei como ficou, pois se em um espaço de quinze dias o cara tiver que ir ao batalhão para pegar duas papeleta e depois voltar para entregar duas homologações de licença para conseguir exatamente os trinta dias iniciais, como era antigamente (o médico não podia pedir mais de trinta dias), isso significa que andamos para trás e que o cara vai passar a ter dois trabalhos para nada, ou seja, troca-se seis por méia dúzia, mas se a junta passar a homologar licenças de três, seis e até dez meses depois da segunda papeleta, aí sim, valerá a pena.
Por enquanto vou esperar, assim que meu grandão passar pela junta e eu souber como a coisa está funcionando de fato, eu volto aqui para dar o bizú.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

TÔ AÍ!!!

Oi galera! Desculpem as ausências prolongadas, mas com o Sr. Grandão dodói minha vida tem sido um pouco mais corrida que o normal e esse corre corre acontece, quase sempre, no HCPM e por isso ando por dentro de algumas coisinhas que, ao que me parece, deveriam ser revistas, como por exemplo, a questão burocrática na aquisição de suprimentos e medicamentos. Vocês sabiam que o nosso hospital ficou três meses (isso mesmo, três meses) sem filme para tomografia? Em consequência, muitas pessoas que precisavam fazer o exame, só agora estão começando a realizá-los, é claro que várias pessoas fizeram por convênio, mas outras ficaram esperando. Outra questão extremamente importante foi a falta de medicamentos de quimioterapia o que acabou causando transtorno para alguns pacientes que fazem o tratamento. A falta de reagentes para determinados exames no laboratório já está tornando-se tão recorrente que eu já chego lá me perguntando qual será o exame que não estará sendo realizado naquele dia, semana ou mês. Hoje, por exemplo, li um aviso informando que o exame PSA (um dos que é realizado para constatação de câncer de próstata) está suspenso por tempo indeterminado. Não sei se a mamografia já começou a funcionar, mas da última vez que me informei, apesar da sala estar pronta e o mamógrafo já estar pronto para ser usado, não havia pessoal capacitado para alocar no setor. É isso aí meu povo, e por aí vai. Essas coisas me deixam muito triste, principalmente porque conheci o Cel. James Strougo (DGS) e o Cel. Borges (Diretor Médico do HCPM) e sei que ambos tentam fazer o melhor pelos pacientes, mas com tanta burocracia fica difícil. Não posso afirmar que a falta desses suprimentos médicos é um problema gerencial, mas me parece que sim, afinal essa parte de estoque, compra e distribuição não é um problema médico, mas como na PMERJ as coisas andam de forma diferente dos outros lugares, espero que alguém possa vir até aqui para nos esclarecer. Fora esses problemas pontuais e um ou outro "profissional" que esquece o seu juramento e age como um superior mandão e não como um membro do corpo de saúde daquela unidade, tenho estado bastante satisfeita com o tratamento dispensado ao meu Grandão e, mais uma vez, gostaria de agradecer a atenção e dedicação de profissionais que sabem honrar cada letra que foi pronunciada durante seu juramento profissional, entre eles posso citar os meninos da enfermagem da hemato, Paulo e Eduardo; a hematologista Major méd. Solange; a pneumologista Cap. Méd. Adriana; O Cirurgião torácico Cap. méd. Ricardo, a cap. méd. Regina da emergência, Os meninos da enfermagem da quimiterapia, Sgt. Reginaldo e o outro (que ele me perdoe, mas não consegui decorar o nome dele) vocês valem ouro, infelizmente não posso dizer o mesmo de uma loura de meia idade e de cabelo curto que imprime os exames e que encontrei ontem no laboratório, uma criatura antipática e grossa que desperta os desejos assassinos de qualquer ser humano, é que eu ando de boa maré, senão acho que teria pulado no pescoço dela (pelo menos nas três vezes em que precisei de seu serviços), eu e todos que tem o desprazer de necessitar dela para o que quer que seja. Como em todo lugar existem os bons e os maus profissionais. O que faz valer sempre é que o bom trabalho consegue apagar ou, pelo menos, minimizar os erros dos que só trabalham em troca de grana e não põem um mínimo de amor no que fazem. Obrigada a todos que, mesmo com tantas dificuldades, fazem o nosso hospital continuar em frente, mesmo que capengando, e àqueles que pouco se importam com o bem estar de quem está sob seus cuidados só gostaria de lembrar-lhes que a vida é uma via de mão dupla e se hoje você está na estrada que vai, amanhã pode estar na que volta.
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Aos que cuuidam da administração dessa polícia, o que inclui o nosso hospital, olhem por ele e olhem por nós, precisamos do mínimo de humanidade para que a saúde de cada homem dessa polícia seja restabelecida e esse mínimo inclui o tratamento prévio, a atenção à família e a preocupação com os problemas de cada um dos policiais, pois, segundo a OMS, "saúde é o completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades" e seguindo esse parâmetro, a nossa polícia está muito, muito doente e uma polícia doente contamina toda uma sociedade.