segunda-feira, 29 de março de 2010

PARA O MEU GRANDÃO


Tem dias que o meu coração parece que vai arrebentar, é um sentimento de impotência de perda e de solidão que tenho vontade de sair por aí sem rumo e sem destino e só parar de andar quando meu coração parar de bater, mas aí penso em você, lembro de quanto ainda tenho para viver com você e de quanto ainda temos que lutar afinal, somos sim almas gêmeas que se encontraram nessa vida, e, acredite, não foi por acaso! Aí quero me renovar, mas às vezes é um pouco difícil, meu coração quer, mas parece que algo mais forte, feio e negro, não quer me deixar estar com você, quer que eu me afaste e me entregue a esse sentimento tão ruim. Desculpe se às vezes sou tão fraca e tão deprimente, mas eu prometo que vou superar afinal, “Você sabe me fazer feliz” e eu te amo!

domingo, 28 de março de 2010

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ...




Menor queimado por soldados do Exército é preso
(Fonte: Extra on line – Por: Tulio Brandão)

Policiais do 14o. BPM (Bangu) prenderam na madrugada deste sábado o menor que, em novembro de 2008, teve 70% do corpo queimado por soldados do Exército ao ser flagrado fumando maconha dentro de uma área militar, em Realengo. Ele estava armado com um revólver calibre 32, acompanhado de Alexandro Gomes Fraga, de 18 anos. Segundo a polícia, praticava assaltos contra pedestres e passageiros de ônibus.
Dois sargentos do 14o BPM abordaram a dupla na esquina das ruas Piraquara e Aníbal Esteves, em Realengo. Com os dois, foram encontrados celulares e pertences de outras pessoas. Na 34ª DP, para onde os dois foram levados, a polícia informou que a dupla foi reconhecida por vítimas de um assalto a um ônibus da Linha 393, da Transporte Campo Grande. O motorista e o cobrador do ônibus já teriam identificado a dupla.
Segundo a polícia, o menor será encaminhado para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) e Alexandro, para a Polinter.
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Lembra da primera vez que esse menor foi pego? se não lembram clique a seguir:
Militares usam spray de pimenta em menor
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Pois é... O nosso mundo é redondo, mas sempre nos encontramos em algum canto! Lembro bem desse caso, na época comentei com o meu grandão que era um tremendo absurdo o fato de soldados do exército se arvorarem do direito sobre a vida e a morte e praticarem um ato de tamanha crueldade, lembro da mãe desse menor vociferando nos meios de comunicação clamando por justiça (no meu entender ela queria mesmo era vingança) e crendo que os militares deveriam sofrer um castigo igual ou pior que àquele infligido ao seu pobre rebento, lembro também da mídia que só faltou comprar cruzes de madeira para pregar os militares tal e qual era nos idos tempos de Jesus de Nazaré. Os militares, meninos recém caídos dos cueiros, simplesmente se acharam no direito de castigar com spray de pimenta os “maconheiros” que invadiram sua área de patrulhamento sem sequer respeitar a autoridade militar ali representada pelos meninos. Aqueles garotos que envergavam fardas verde oliva e empunhavam armamentos privativos das forças armadas, com certeza, foram punidos com todo o rigor que o exército usa com os seu, mas e a pobre vítima daqueles cruéis soldados? Ah... Esse aí, coitadinho, era só uma pobre vítima da sociedade, um pobre garotinho que, segundo palavras ditas por ele e por sua mãe na época, não era viciado, mas que influenciado por um colega que fugiu, resolveu experimentar maconha, coitadinho! Pobre vítima influenciada por terceiros, flagelada por “homens maus” foi cuidada, tratada e acompanhada por psicólogos para que não guardasse traumas da violência sofrida. Hoje, mais uma vez, o nosso menor é pego em flagrante cometendo outro ilícito, mas como é um pobre menino, menor de dezoito anos, vítima da sociedade, etc, etc, etc, vai continuar por aí fumando sua maconha, roubando esses membros da sociedade malvada que o excluí e mais tarde, quem sabe, assassinando um pai de família que não merece permanecer vivo já que é só mais um dentre tantos que tratou tão mal o pobre garotinho. Tenho nojo desse ECA! Essa porcaria de estatuto só presta para manter essas víboras protegidas e muito bem acolhidas no seio da nossa sociedade de onde em intervalos cada vez menores dão o bote e matam com seu veneno um daqueles que eles costumam culpar cada vez que são presos. Só espero que a progenitora dessa cobra peçonhenta peça justiça dessa vez com a mesma gana, fúria e voracidade com que pediu da outra, ou será que nós, membros da sociedade, não somos merecedores de justiça, mas sim de cada vez mais crueldade e violência do seu “bebê” muito amado e extremamente mal criado?!
O surpreendente é que dessa vez a mídia não deu o valor devido ao caso, talvez por não envolver nem a PM tampouco o exército. Muito provavelmente, diferente de quando o pegaram consumindo seu psicotrópico, essa será a última vez que lerão sobre isso, afinal menor ladrão é lugar comum e o que vende jornal é autoridade truculenta.
Às vezes esqueço que meu grandão está doente e dou graças à Deus por ele estar em casa e não na rua lidando com esses menores tão protegidos pelas nossas leis.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Esporte ou guerra?



Um ferido e oito detidos em briga de torcedores

Rio - Uma briga entre torcedores do Vasco e do Flamengo assustou motoristas que circulavam pela Avenida Brasil, algumas horas antes do clássico no Maracanã. De acordo com informações do 22º DP (Vila da Penha), houve tiros e pancadaria entre as facções rivais. Um torcedor ficou ferido e foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Oito pessoas foram detidas. (fonte: "O Dia" on line)

Ontem tive o desprazer de assistir cenas hediondas protagonizadas pelas “estrelas” da notícia acima, que a mídia deu a importância dessa pequena nota. Como comentei uma vez, o meu filho mais velho andava fascinado pelos loucos, bandidos e sádicos que fazem parte dessas turbas autodenominadas “torcidas organizadas”, pois bem, ontem, dia de clássico no Maraca, tinha tudo para ser maravilhoso aqui em casa, afinal meu Montanha (como o pai costuma chamá-lo) está há um ano fora da turba e indo ao estádio apenas com dois amigos de infância ou com os pais da namorada e nós iríamos assistir o jogo na casa do meu irmão flamenguista todos juntos, minha mãe vascaína, minha sobrinha flamenguista, eu e meu grandão vascaínos e meu caçulinha (que só prá contrariar todo mundo é botafoguense), tudo armado para ser um saudável divertimento em família, não importava o vencedor só quem seria encarnado depois da pelota rolar. Enquanto ainda estava em casa deitei no meu quarto para descansar um pouco e curtir o meu grandão que, graças a Deus, está reagindo muito bem à quimioterapia, quando começou a confusão. Foram tantos gritos, palavrões, um tal de pega o otário e mata ele, que eu levantei para ver o que acontecia; a ficha custou a cair, custei a acreditar que aquele bando eram jovens, mulheres e homens, que incitavam uns aos outros à guerra enquanto seus generais, de dentro de seus carros, gritavam palavras de (des)ordem. Entrei em pânico! Meu pavor era tal que nem conseguia lembrar que meu “Montanha” estava na casa da namorada e que já não fazia mais parte daquilo, só conseguia pensar que ele podia estar naquele meio. Dali a pouco começaram os tiros, e foram muitos. Minha afilhada chegou a minha casa apavorada depois de ter visto homens passarem correndo por ela armados e dizendo que iriam matar alguém, e lá se foi o bando em direção a Av. Brasil para cercar o ônibus do Vasco. No meio de todo o alvoroço meu filho chegou, totalmente desligado de tudo o que se passava, e disse que iria ao jogo, eu quase tive um piripaque e, claro, não deixei que ele fosse, afinal as notícias que chegavam eram de todos os tipos, entre elas as de que haviam vítimas fatais do malfadado encontro. Segurei meu filho em casa até que a turba foi embora nos ônibus fretados e só aí permiti que ele saísse. Bom, aí o meu domingão de clássico familiar já estava detonado pois, hipertensa que sou, passei mal e não tive a mínima vontade de assistir jogo nenhum.
Sinceramente não sei o que as grandes autoridades desse país ainda estão esperando para dar um basta nesses bandos. Na minha opinião, a palavra “organizada” não se encaixa de forma alguma com as atitudes dessas quadrilhas, quadrilhas sim, eu vi o que a lavagem cerebral deles pode fazer com um adolescente, e vi bem de perto, dentro da minha casa, ainda bem que conseguimos afastar meu filho disso, pois o ódio que eles disseminam é tão corrosivo que está conseguindo manter as famílias fora dos clássicos e até fazendo com que nós, simples mortais, deixemos de ter o prazer de torcer pelo nosso time de coração, gostaria que esses animais entendessem que rivalidade não é sinônimo de inimizade e que mesmo os inimigos devem ser perdoados, pois perdoar e amar um amigo é mole, mas fazer isso com um inimigo é que aproxima o homem de Deus!