terça-feira, 14 de julho de 2009

A PMERJ que nós queremos


Hoje acordei um pouquinho mais tarde, afinal os garotos estão de férias e com esse friozinho dá mesmo vontade de ficar na cama. Ao acordar fiz como todos os dias: corri pra sala e liguei a TV, (como todo bom brasileiro tenho o meu vício, ouvir o som da TV até na hora de dormir) e dei de cara com o William Travassos, da Record, dando uma notícia em primeira mão: Uma viatura da PM foi atacada agora, por volta das oito horas na Penha, ela estava baseada na rua José Maurício e os bandidos atiraram de um carro, com o qual bateram e, logo em seguida, roubaram outro para fugir. O desfecho do caso eu ainda não sei, só o que sei é que a resposta foi tão rápida quanto a ação: A polícia já está cercando a área para capturar os autores do ataque, e isso em pouco tempo, afinal agora são apenas 8:30. Não sei se estou vendo coisas ou tentando colorir o novo comando, mas tenho a nítida impressão que algo está mudando. Está me parecendo que ataques a policiais não serão mais tolerados e, em conseqüência, espero um recuo dos marginais.
Nossos policiais precisavam disso, realmente é algum incentivo saber que ao serem atacados terão apoio e embasamento pra reagir e prender os agressores, seria muito melhor que não precisassem ficar parados como alvos, mas enquanto esse sonho não se realiza ficamos por aqui esperando que essas reações estendam-se, também, aos cidadãos comuns, mas não vim aqui só para falar disso e já estava começando a me desviar do assunto principal.
Todos sabem que a polícia precisa de algum tipo de reação, mas precisa, muito, de outros incentivos para trabalhar. O principal desses incentivos é o salário digno, para que o Policial Militar não precise mais estar correndo de um lado para o outro para se sustentar e, sem dúvida, com salários satisfatórios a corrupção diminui, como já disse antes: quanto menos um homem tem, mais barato ele é. Mas essa questão salarial, apesar de poder ser impulsionada, por meio de pressão, pelo Comandante Geral é totalmente dependente do “bom humor” e da “generosidade” do nosso Governador (que não me parece muito sensível ao fato). Além do fator salarial existem outros itens que passam pelo comandante e que podemos levar a seu conhecimento e reivindicar, pelo menos, sua apreciação dos fatores e a possibilidade de suas aplicações, entre eles creio ser de primordial importância a revisão do RDPM pondo fim às punições de privação de liberdade para casos administrativos, afinal não é justo um pai de família ser privado do convívio com os seus por atos administrativos e muitos superiores aproveitam-se dessa “arma” para vinganças pessoais ou para mostrar “poder” (corrijam-me se eu estiver errada, pois sou esposa de policial então posso estar falando bobagens); outro fator que acaba se reportando diretamente a questão salarial é o fim do rancho, pois com isso os policiais, além de terem uma melhor alimentação (escuto muitas queixas a respeito da alimentação servida nos quartéis) ou de, quando na rua, poderem comer em qualquer lugar, significa um “capilé” a mais no contracheque; outro ponto, que inclusive já foi até citado pelo novo comandante, é uma melhoria no atendimento das nossas unidades de saúde, a volta das UBS já seria um bom começo, pois se eu tenho uma unidade com bom atendimento próxima a minha casa, para que ir longe, acrescento que todas essas unidades deveriam incluir atendimento dentário (saúde começa pela boca) e, por fim, mas não menos importante e, ouso dizer, essencial, o acompanhamento psicológico com avaliações periódicas da tropa, os homens merecem esse tratamento, eles merecem poder estar nas ruas em condições de participar dessa guerra urbana que vivemos em boas condições mentais e nós como cidadãos merecemos isso.
Creio que o sonho de todo cidadão, seja ele parente ou não de policial militar, é ter a certeza que o homem que o atende e o protege está bem estruturado, bem apoiado e bem treinado (pois não posso esquecer das reciclagens que devem ser feitas). Homens bem pagos e bem estruturados emocionalmente serão excelentes protetores de todos nós.
Peço desculpas pela minha intromissão numa área da qual tenho pouco (quase nenhum) conhecimento, mas convivo com a PMERJ faz bastante tempo e acho que acabei adquirindo um certo “conhecimento de causa” e um dos meus maiores “sonhos de consumo” hoje é ver a NOSSA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, como uma verdadeira casa, um verdadeiro lar!

Bom Dia e que Deus nos abençoe!

4 comentários:

Anônimo disse...

BARBONA FALA QYE MULHERES DE PRAÇAS SÓ QUEREM O SEGURO DE VIDA E QUE SEUS MARIDOS TEM OUTRAS MULHERES ETC...

PONTO DE VISTA. MÁRCIA MACHADO ( MMAI )

Discordo veemente dos artigos, que foram postados no blog do tão respeitado por mim e por tantos, Cel Paúl.
Com uma vasta experiência adquirida dentro da minha casa com minha família, no meio que fui criada, com tantas pessoas que me relacionei até hoje, posso afirmar que é enorme a dificuldade de conseguirmos uma adesão de familiares de policiais militares -PMERJ, e principalmente de pessoas ligadas diretamente a eles, esposas e esposos, para uma cruzada em defesa da corporação. Por que afirmo isso? É muito simples, venho escutando depoimentos interessantes, alguns mirabolantes, de algumas esposas de PMs. Gente, ás vezes penso que estou em outro mundo! São relatos de convivência difíceis, brigas, onde ás vezes paixão, amor, e ódio se misturam. Não mencionaria nunca aqui nenhum desses fatos, pois me foram narrados em nível de confiança, e claro que serão guardados a sete chaves. Literalmente tem esposas contando com a morte de seus quase heróis, ou ate mesmo heróis em algum tempo, para conseguir ter, tipo uma indenização (seguro de vida deles) pelo tempo dedicado aos mesmos. Será que podemos achar isso normal? Escutei muito, muito mesmo, de certas esposas, “ele o PM, tem mulheres na rua, e eu jamais levantaria uma bandeira dele, pois estaria contribuindo para que outra desfrutasse o que eu nunca tive”. É duro ver a que ponto chega a situação. Jamais podemos culpar os nossos governantes pelos fracassados relacionamentos, pelas discórdias e o comportamento de alguns PMs, ou qualquer homem, que dão motivos para essa análise de suas esposas.

A VERDADE disse...

DORMINDO COM O INIMIGO

É muito simples, venho escutando depoimentos interessantes, alguns mirabolantes, de algumas esposas de PMs. Gente, ás vezes penso que estou em outro mundo! São relatos de convivência difíceis, brigas, onde ás vezes paixão, amor, e ódio se misturam. Não mencionaria nunca aqui nenhum desses fatos, pois me foram narrados em nível de confiança, e claro que serão guardados a sete chaves. Literalmente tem esposas contando com a morte de seus quase heróis, ou ate mesmo heróis em algum tempo, para conseguir ter, tipo uma indenização (seguro de vida deles) pelo tempo dedicado aos mesmos. Será que podemos achar isso normal? Escutei muito, muito mesmo, de certas esposas, “ele o PM, tem mulheres na rua, e eu jamais levantaria uma bandeira dele, pois estaria contribuindo para que outra desfrutasse o que eu nunca tive”. É duro ver a que ponto chega a situação.

PALAVRAS DA SENHORA MÁRCIA MACHADO
DO MMAI.

MÁRCIA disse...

CARA AMIGA, PRECISAMOS NOS UNIR PARA MELHORAR A VIDA DE NOSSSOS MARIDOS, FILHOS E NOSSA.
HCPM, POR EXEMPLO, E POLICLINICAS ESTÃO EM ESTADO CAÓTICO, RIOCARD QUE UNS RECEBERAM E OUTROS NÃO, ASSIM COMO GRATIFICAÇÕES, QUEM ESTÁ INTERNO NÃO TEM ESSE DIREITO, SERÁ QUE DEIXAM DE SER POLICIAIS POR TRABALHAR ADMINISTRATIVAMENTE, ACHO QUE NÃO.
PRECISAMOS UNIR VÁRIAS ESPOSAS PARA BRIGARMOS POR NOSSOS DIREITOS.

Anônimo disse...

Cara amiga,
Na terça feira dia 28 deste mês, às 07:00h estava aguardando a chamada do médico Ortopedista (Dr. Marco de Jesus) na Policlínica de São João de Meriti, quando duas senhoras que me pareciam civis (da limpeza), passaram a fazer o seguinte comentário com vários pacientes (Policiais Militares e civis) que ali se encontravam: Que no interior do consultório da Ortopedia estava uma Sargento da policlínica que havia sido agredida a socos e pontapés por um Soldado no interior da policlínica, segundo relato das pessoas a sargento estava chorando muito e se contorcia em dores.
No decorrer dos comentários, ouvi alguns policiais perguntarem: Não havia ninguém na policlínica para prender esse policial? Foi quando as pessoas retrucaram, havia sim, o major Veiga que não fez nada, e continuaram: ele deve ter levado uma grana ou o cara faz parte da segurança particular dele. Todos que ouviam os comentários, ficaram curiosos para ver quem seria a sargento, foi quando notei a saída de uma jovem de cor branca de corpo magro, que chorava muito, pois aparentava ter muita dor, e tinha idade de ser minha filha.
As pessoas ficaram indignadas e diziam: isso não é policial, é bandido. Vi ate uma senhora que chorou diante da situação. Algumas pessoas, também comentaram que a conhecia pois ela trabalha na odontologia da policlínica, e não faltava quem não a elogiasse pelo seu modo meigo de tratar as pessoas. Quando cheguei em casa falei com o meu esposo que é tenente, ele ficou indignado com a história e abrindo o regulamento da policia me mostrou a página que fala sobre a obrigação de participar fato contrário a disciplina no artigo 11 do parágrafo segundo, diz que: “QUANDO, PARA A PRESERVAÇÃO DA DISCIPLINA E DO DECORO DA CORPORAÇÃO, A OCORRÊNCIA EXIGIR UMA PRONTA INTERVENÇÃO DO POLICIAL MILITAR DE MAIOR ANTIGUIDADE QUE PRESENCIAR OU TIVER CONHECIMENTO DO FATO, MESMO SEM QUE POSSUA ASCENDÊNCIA FUNCIONAL SOBRE O TRANSGRESSOR, DEVERÁ TOMAR IMEDIATAS E ENÉRGICAS PROVIDÊNCIAS, PODENDO, SE FOR O CASO, PRENDE-LO EM NOME DA AUTORIDADE COMPETENTE, À QUAL, PELO MEIO MAIS RÁPIDO, DARÁ CIÊNCIA DA OCORRÊNCIA E DAS PROVIDÊNCIAS EM SEU NOME TOMADAS”.
Li também no blog do coronel Mario Sergio as queixa sobre a discriminação e tratamento dados as policiais femininas, e pergunto: não seria a hora de colocar uma delegacia de mulheres (DEAM) em cada quartel para proteger as policiais femininas? outra pergunta a voce. Para que serve a Lei Maria da Penha? Pelo amor de Deus, eu como professora lhe suplico, não deixe exterminar com as mulheres.
Tomei conhecimento através do Jornal Extra em outra entrevista que a esposa do coronel Mario Sergio é Major da corporação e que iria colocá-la a frente do serviço social. Se continuar assim quem sabe a esposa dele não poderá ser a próxima vitima? Fico no anonimato, com medo de represálias ao meu esposo.
Parabéns Silvia por abrir esse espaço no qual podemos relatar essas injustiças, no meio da Policia Militar.