segunda-feira, 20 de abril de 2009

Até quando?

Mais dia, menos dia os acontecimentos nos remetem ao passado. Às vezes um passado longínquo, outras vezes um passado recente. Hoje ao abrir o jornal um fato me levou a um passado recente, um passado dolorido, revoltante e triste, muito triste. O assassinato da jovem Leslie, minha colega de profissão (apesar de não nos conhecermos pessoalmente), grávida de seis meses, levada da vida de seu esposo, de sua filhinha,e de seus familiares me fez lembrar do caso do menino João Hélio. Esses marginais não têm alma, não têm coração, não têm discernimento, não têm piedade, chego a achar que sequer tenham vida, mais me parecem zumbis saídos de um filme de terror, que só visam a maldade e a dor dos outros. Concordo que as leis têm de ser mudadas, mas não no tempo de cadeia, temos que entender que as penas são bastante altas e que em contrapartida os benefícios são amplos e muito fáceis de serem alcançados. Temos o regime semi-aberto, os indultos, as reduções de pena e outros benefícios (para nós, simples mortais, malefícios) que são concedidos aos presos e que às vezes me parecem não obedecer a critérios lógicos, já que vemos um indivíduo que foi preso por tráfico de drogas receber o benefício de passar a páscoa em casa quando todos sabem que ele era (ou é) o líder do tráfico em determinada região, e aí... PIMBA! Vai e não volta. O tragicômico dessa historinha é que eu e você sabemos que esses caras, que são condenados por esses tipos de crimes, não se recuperam, que não vão voltar, mas quem avalia a concessão ou não do benefício deve ser muito crédulo ou tem muita boa fé na palavra humana. As nossas leis deveriam ser mais duras, coisas como os monstros que arrastaram o João Hélio e que executaram a Leslie deveriam ser condenados a 30 anos, mas a 30 anos, sem sair de lá, tinha que acabar com essa balela de advogado ter reunião sigilosa com o marginal, as visitas deveriam ser vigiadas, e muito bem vigiada. Presídio bom é aquele lá em Catanduvas, melhor ainda no RDD, e pra quem conhece, por ter assistido a reportagem, os presídios da Tailândia e suas leis, onde um inglês ao ser pego com menos de um quilo de substância entorpecente foi condenado a passar 99 anos sem redução da pena e tendo que falar com seu advogado gritando, porque entre um e outro existe um corredor de 8 metros de largura, e podem acreditar esse teve sorte porque tráfico de drogas entre outros crimes considerados por nós como hediondos nesse pequeno país a pena é a morte. Só que nesse meu pensamento de leiga acho também que deveria se dar mais poder a polícia, esses caras não têm medo de ninguém, assim eles vão continuar fazendo. Temos uma polícia que é tratada à rédea curta, com os freios puxados ao máximo e que quando erra é apedrejada e escrachada, temos um bando de marginais que são ruins ao extremo e que não tem medo de nada, pois sabem que a única coisa que o policial poderá fazer será tentar prendê-los sem provocar nenhum dano físico, senão vai chover comissões de direitos humanos (continuo achando que direitos humanos deveriam ser para humanos direitos) protegendo seus direitos de cidadão (direitos que deveriam perder assim que presos já que não souberem ter cidadania) e fazendo todos os esforços possíveis para prender o policial e jogá-lo na rua, temos o ECA para defender e proteger os nossos “meninos” (que na maioria das vezes são muito maiores e mais fortes que um homem adulto, pobres crianças indefesas), temos as leis cheias de brechas que conseguem minimizar o feito dos “bichos” com a desculpa da falta de oportunidade, e por aí vai.

Quer saber?! Tô cansada! Tô cheia desse papo de cerca Lourenço de que as leis já são muito boas, que menor de 18 anos não pode ser preso porque não é responsável por seus atos, que preso tem que ter direitos! Caraça!!! Cadê os meus direitos?! Onde fica a minha liberdade enquanto essas feras estiverem soltas?! Eu acho que só vai começar a mudar quando essas fatalidades começaram a atingir nossos nobres membros do Congresso Nacional, do Senado e as mais altas esferas do judiciário, até lá caros amigos, só nos resta chorar a perda dos nossos amigos, sejam eles paisanos ou policiais!

Cara Leslie, vá com Deus e saiba que a pequena Juliana está sendo muito amada, acarinhada e cuidada pela equipe de enfermagem da Maternidade Carmela Dutra, onde tenho algumas colegas muito queridas!

Um comentário:

André Schirmer disse...

Boa tarde Sílvia, meu comentário nada tem a ver com o assunto em questão, mas sim com uma melhoria para quem atua na segurança pública, não sei se já tomou conhecimento da PEC 300/2008, que trata da equiparação dos salários dos policiais e bombeiros de todo o país com os do pessoal do Distrito Federal, os primeiros passos já foram dados, precisamos de mais divulgação, de mais interesse por parte de todos, de mais empenho e comprometimento, pois essa é uma luta de toda a sociedade, onde os principais interessados somos nós profissionais da segurança pública, conto com sua colaboração para a divulgação desse assunto nesse seu Blog que é uma verdadeira ferramenta de utilidade pública.