Oi galera! Desculpem as ausências prolongadas, mas com o Sr. Grandão dodói minha vida tem sido um pouco mais corrida que o normal e esse corre corre acontece, quase sempre, no HCPM e por isso ando por dentro de algumas coisinhas que, ao que me parece, deveriam ser revistas, como por exemplo, a questão burocrática na aquisição de suprimentos e medicamentos. Vocês sabiam que o nosso hospital ficou três meses (isso mesmo, três meses) sem filme para tomografia? Em consequência, muitas pessoas que precisavam fazer o exame, só agora estão começando a realizá-los, é claro que várias pessoas fizeram por convênio, mas outras ficaram esperando. Outra questão extremamente importante foi a falta de medicamentos de quimioterapia o que acabou causando transtorno para alguns pacientes que fazem o tratamento. A falta de reagentes para determinados exames no laboratório já está tornando-se tão recorrente que eu já chego lá me perguntando qual será o exame que não estará sendo realizado naquele dia, semana ou mês. Hoje, por exemplo, li um aviso informando que o exame PSA (um dos que é realizado para constatação de câncer de próstata) está suspenso por tempo indeterminado. Não sei se a mamografia já começou a funcionar, mas da última vez que me informei, apesar da sala estar pronta e o mamógrafo já estar pronto para ser usado, não havia pessoal capacitado para alocar no setor. É isso aí meu povo, e por aí vai. Essas coisas me deixam muito triste, principalmente porque conheci o Cel. James Strougo (DGS) e o Cel. Borges (Diretor Médico do HCPM) e sei que ambos tentam fazer o melhor pelos pacientes, mas com tanta burocracia fica difícil. Não posso afirmar que a falta desses suprimentos médicos é um problema gerencial, mas me parece que sim, afinal essa parte de estoque, compra e distribuição não é um problema médico, mas como na PMERJ as coisas andam de forma diferente dos outros lugares, espero que alguém possa vir até aqui para nos esclarecer. Fora esses problemas pontuais e um ou outro "profissional" que esquece o seu juramento e age como um superior mandão e não como um membro do corpo de saúde daquela unidade, tenho estado bastante satisfeita com o tratamento dispensado ao meu Grandão e, mais uma vez, gostaria de agradecer a atenção e dedicação de profissionais que sabem honrar cada letra que foi pronunciada durante seu juramento profissional, entre eles posso citar os meninos da enfermagem da hemato, Paulo e Eduardo; a hematologista Major méd. Solange; a pneumologista Cap. Méd. Adriana; O Cirurgião torácico Cap. méd. Ricardo, a cap. méd. Regina da emergência, Os meninos da enfermagem da quimiterapia, Sgt. Reginaldo e o outro (que ele me perdoe, mas não consegui decorar o nome dele) vocês valem ouro, infelizmente não posso dizer o mesmo de uma loura de meia idade e de cabelo curto que imprime os exames e que encontrei ontem no laboratório, uma criatura antipática e grossa que desperta os desejos assassinos de qualquer ser humano, é que eu ando de boa maré, senão acho que teria pulado no pescoço dela (pelo menos nas três vezes em que precisei de seu serviços), eu e todos que tem o desprazer de necessitar dela para o que quer que seja. Como em todo lugar existem os bons e os maus profissionais. O que faz valer sempre é que o bom trabalho consegue apagar ou, pelo menos, minimizar os erros dos que só trabalham em troca de grana e não põem um mínimo de amor no que fazem. Obrigada a todos que, mesmo com tantas dificuldades, fazem o nosso hospital continuar em frente, mesmo que capengando, e àqueles que pouco se importam com o bem estar de quem está sob seus cuidados só gostaria de lembrar-lhes que a vida é uma via de mão dupla e se hoje você está na estrada que vai, amanhã pode estar na que volta.*
Aos que cuuidam da administração dessa polícia, o que inclui o nosso hospital, olhem por ele e olhem por nós, precisamos do mínimo de humanidade para que a saúde de cada homem dessa polícia seja restabelecida e esse mínimo inclui o tratamento prévio, a atenção à família e a preocupação com os problemas de cada um dos policiais, pois, segundo a OMS, "saúde é o completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades" e seguindo esse parâmetro, a nossa polícia está muito, muito doente e uma polícia doente contamina toda uma sociedade.