Não sei se vocês lembram, mas há algum tempo atrás fiz uma postagem falando (mal) sobre a papeleta médica, aquele papelzinho famigerado que é exigido que o policial apresente no hospital para que seja atendido, pois bem, a “bendita” papeleta volta a ser a protagonista do meu blog e, mais uma vez, no papel de vilã perversa (pior que a Odette Roitman, com a diferença que não aparece ninguém para assassiná-la, rsrsrs). Como vocês todos já sabem o meu grandão virou sócio proprietário do HCPM, nós vivemos lá, por conta da doença dele. É o maior vai-e-vem, são consultas, exames, quimioterapia, renovação de LTS, etc, etc, etc. É nesse último quesito que aparece a nossa “querida, amada e idolatrada PAPELETA MÉDICA”. Os procedimentos para concessão de licença para tratamento de saúde mudaram, mas se engana quem pensou que mudaram para facilitar a vida do doente, até o momento não entendi o porquê da mudança, mas, à primeira vista, só piorou, isso porque antes as licenças eram concedidas pelo médico assistente e homologadas pela junta de saúde, mas agora quem concede, ou não, a dita licença é a junta. De que forma? O PM vai ao BPM e pega a famigerada, argh, papeleta, daí vai para o hospital e recebe seu atendimento, caso o médico que o atendeu lhe dê uma dispensa de até quinze dias, ótimo! Ele pega a papelada, leva tudo ao batalhão e entrega ao P/1, até aí beleza! Depois dos quinze dias é que começa o enredo que eu ainda não sei como acaba: O PM pega os papéis que o médico lhe dá com 15 dias e leva para o P/1, mas aí ele fica com outro papel preenchido pelo médico que descreve sua doença, o tratamento que está sendo realizado e o tempo que é previsto para duração desse tratamento, então no fim desses primeiros quinze dias o policial (doente, com câncer, esclerose múltipla, linfoma, leucemia e outras mais) retorna ao batalhão e pega outra papeleta para se apresentar à junta (com cuidado para não pegar um engarrafamento no caminho, pois das onze horas à uma hora da tarde é hora de almoço e se você que não está fazendo bico por estar doente, não tiver um caraminguá pra comer um bate entope no bar da China, periga cair de fraqueza lá na junta mesmo, talvez seja até bom, pois aí te internam e você almoça aquele franguinho atropelado do rancho!), é a partir desse ponto que eu ainda não sei como ficou, pois se em um espaço de quinze dias o cara tiver que ir ao batalhão para pegar duas papeleta e depois voltar para entregar duas homologações de licença para conseguir exatamente os trinta dias iniciais, como era antigamente (o médico não podia pedir mais de trinta dias), isso significa que andamos para trás e que o cara vai passar a ter dois trabalhos para nada, ou seja, troca-se seis por méia dúzia, mas se a junta passar a homologar licenças de três, seis e até dez meses depois da segunda papeleta, aí sim, valerá a pena.
Por enquanto vou esperar, assim que meu grandão passar pela junta e eu souber como a coisa está funcionando de fato, eu volto aqui para dar o bizú.
Por enquanto vou esperar, assim que meu grandão passar pela junta e eu souber como a coisa está funcionando de fato, eu volto aqui para dar o bizú.